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TECPAR em Ponta Grossa terá R$ 35,9 milhões para ampliar produção de medicamentos
Recurso do Ministério da Saúde será destinado à expansão da unidade que funciona na UEPG. Projeto visa atender demandas estratégicas do SUS, como os fármacos usados para tratar câncer
O parque tecnológico do Paraná receberá investimento de R$ 35,9 milhões para ampliar a produção de medicamentos. Os recursos do Ministério da Saúde serão destinados a modernização do Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Sintético, uma parceria do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). A proposta prevê a implantação de uma fábrica completa para produção de fármacos de alto custo e estratégicos para o SUS, como os oncológicos. Também será instalado um laboratório de Controle de Qualidade, de Garantia de Qualidade e Armazenagem.
“Após concluídos, esses investimentos gerará um faturamento na ordem de R$ 200 milhões por ano. Espero que consigamos rapidamenta a conclusão desses investimentos e inaugurarmos a parte de produção de medicamentos. É a oportunidade da cidade se transformar em um pólo de fabricação de medicamentos no país”, enfatizou o ministro na inauguração.
A primeira etapa do projeto foi inaugurada pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, neste domingo (25), durante cerimônia de assinatura do contrato entre a Caixa Econômica Federal e o Governo Estadual do Paraná para o repasse dos recursos. A nova estrutura do Centro terá escala industrial, com capacidade de produção de 200 milhões de comprimidos e 100 milhões de cápsulas por ano. A oferta de produtos ainda será definida, conforme a demanda do Ministério da Saúde. A previsão é que as obras comecem ainda no primeiro semestre de 2018.
“O Brasil precisa ser auto suficiente em medicamentos e por isso temos uma política de parcerias de desenvolvimento produtivo. Será uma economia para o SUS, porque produzindo, imediatamente o preço cai em torno de 30%. Também proporciona geração de empregos e estímulo à ciência”, explica o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Com a iniciativa em Ponta Grossa, o Tecpar passa a contar com três plataformas tecnológicas na área da saúde. As outras duas estão em Curitiba, onde está o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Imunológicos, no campus CIC; e em Maringá, que abriga o Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos.
A Tecpar é uma empresa pública e tem mais de 70 anos de experiência na produção de imunobiológicos. Entre a áreas de referência da instituição está a plataforma de kits diagnósticos, produção de vacina antirrábica e desenvolvimento de novas tecnologias na área da saúde.
Ao todo, o complexo industrial da saúde do estado do Paraná receberá reforço de R$ 166,6 milhões para produção de medicamentos e soros. Neste mês, o Ministério da Saúde destinou R$ 82 milhões para a construção do novo Centro de Desenvolvimento e Produção de Medicamentos Biológicos do Tecpar, localizado em Maringá (PR). A unidade estará voltada a produção de tratamentos para câncer e artrite reumatoide.
Em fevereiro, o governo federal já havia anunciado outros R$ 45,7 milhões para a obra do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), referência nacional na fabricação de soros antipeçonhentos e que funciona em Piraquara.
ACORDO DE COOPERAÇÃO
Ainda cumprindo agenda no estado do Paraná, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o reitor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR), Waldemiro Gremski, e o presidente da Associação Paranaense de Cultura, Délcio Afonso Balestrin, assinam termo de cooperação técnica para subsidiar a análise da proposta para implementação do Centro de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde (CETIS) na instituição.
A nova unidade irá promover interações entre a academia, os órgãos reguladores e o setor produtivo para a promoção da transferência, da internalização, da incorporação, do desenvolvimento e da qualificação de tecnologias e manufaturas, com vistas a propiciar o atendimento das demandas da saúde. O acordo de cooperação técnica terá a duração de 48 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses. Inicialmente, não está previsto nenhuma forma de repasse financeiro entre as partes.
Por Alexandre Penido e Victor Maciel, da Agência Saúde
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