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No Espírito Santo, 40 municípios utilizam práticas integrativas no tratamento de pacientes do SUS
Biodança, auriculoterapia, arteterapia e musicoterapia são algumas das práticas oferecidas a pacientes que são atendidos na atenção básica, no estado
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são ofertadas à população do Espírito Santo. No estado, as práticas de medicina tradicional chinesa, terapia comunitária, dança circular/biodança, auriculoterapia, arteterapia e musicoterapia são oferecidas na Atenção Básica para o tratamento de usuários do SUS, em 40 municípios. Essas práticas são alguns dos tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para tratar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão. Em 2017, foram registrados mais de 12 mil atendimentos individuais no estado. Na última segunda-feira (12), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de 10 novas práticas integrativas no SUS, agora os pacientes podem contar com 29 PICS.
As 29 práticas integrativas e complementares oferecidas no Sistema Único de Saúde são: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia, yoga, apiterapia, aromoterapia, bioenergética, cromoterapia, constelação familiar, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozoniterapia e terapia de florais.
Evidências científicas têm mostrado os benefícios do tratamento integrado entre medicina convencional e práticas integrativas e complementares. Além disso, há crescente número de profissionais capacitados e habilitados e maior valorização dos conhecimentos tradicionais de onde se originam grande parte dessas práticas.
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios brasileiros, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Atualmente, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia com 142 mil procedimentos. Também foram registradas 35 mil sessões de yoga, 23 mil de dança circular/biodança e 23 mil de terapia comunitária, entre outras.
CONGRESSO
O Brasil é referência na área e para tratar desse assunto, o Ministério da Saúde promove entre os dias 12 e 15 de março o 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), e o 3º Congresso Internacional de Ayurveda. Os dois eventos são realizados no Rio de Janeiro, no Centro de Convenções Riocentro, com programação integrada e a presença de cerca de quatro mil pesquisadores do assunto.
O encontro promove debates com pesquisadores internacionais e do Brasil, e troca de experiências entre os profissionais, gestores e pesquisadores das diversas práticas integrativas. Mais de 900 trabalhos científicos, de todas as regiões do país e de outros países também, estão sendo apresentados no evento.
IMPLANTAÇÃO
As práticas integrativas e complementares são ações de cuidado transversais e podem ser realizadas na atenção básica e na média e alta complexidade. Não existe uma adesão à PNPIC: a política traz diretrizes gerais para a incorporação das práticas nos serviços. Compete ao gestor municipal elaborar normas para inserção da PNPIC na rede municipal de Saúde.
Na Atenção Básica, o pagamento é realizado pelo piso da atenção básica (PAB) fixo (per capita), ou por PAB variável, que corresponde ao pagamento por equipes de saúde da família, agentes comunitários e núcleos de saúde da família, ou ainda o programa de melhoria do acesso e da qualidade (PMAQ). Dessa forma, os procedimentos ofertados através da Portaria nº145/2017 estão dentro do financiamento do PAB e não geram recursos por produção.
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), publicada em 2006, instituiu no Sistema Único de Saúde (SUS) abordagens de cuidado integral à população por meio de sistemas complexos e outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a sua implantação, o acesso dos usuários do SUS a essas práticas integrativas tem crescido exponencialmente.
Municípios que ofertam práticas integrativas no Espírito Santo
[table]
ES |
Aracruz |
ES |
São Gabriel da Palha |
ES |
Vila Velha |
ES |
Vitória |
ES |
AFONSO CLÁUDIO |
ES |
ÁGUIA BRANCA |
ES |
ÁGUA DOCE DO NORTE |
ES |
BOA ESPERANÇA |
ES |
BOM JESUS DO NORTE |
ES |
CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM |
ES |
CARIACICA |
ES |
COLATINA |
ES |
CONCEIÇÃO DA BARRA |
ES |
ECOPORANGA |
ES |
GOVERNADOR LINDENBERG |
ES |
IRUPI |
ES |
ITAGUAÇU |
ES |
ITARANA |
ES |
IÚNA |
ES |
MANTENÓPOLIS |
ES |
MARECHAL FLORIANO |
ES |
MARILÂNDIA |
ES |
MIMOSO DO SUL |
ES |
MUCURICI |
ES |
NOVA VENÉCIA |
ES |
PANCAS |
ES |
PEDRO CANÁRIO |
ES |
PRESIDENTE KENNEDY |
ES |
SÃO DOMINGOS DO NORTE |
ES |
SÃO JOSÉ DO CALÇADO |
ES |
SERRA |
ES |
VENDA NOVA DO IMIGRANTE |
ES |
VILA PAVÃO |
ES |
VILA VALÉRIO |
ES |
ALFREDO CHAVES |
ES |
GUARAPARI |
ES |
ANCHIETA |
ES |
DORES DO RIO PRETO |
ES |
GUAÇUÍ |
ES |
IBATIBA |
[/table]
Por Carolina Valadares e Nicole Beraldo da Agência Saúde
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