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Práticas Integrativas na Atenção Básica.
Mais 10 práticas integrativas são inseridas na PNPIC
Passam a fazer parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) mais 10 recursos terapêuticos. Agora, apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais integram o rol de práticas do Ministério da Saúde.
O dirigente da pasta, Ricardo Barros, anunciou a ampliação da Política durante a abertura do 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares e Saúde Pública (INTERCONGREPICS), que acontece nesta semana, de 12 a 15 de março no Rio de Janeiro. Participam do evento mais de 4 mil pessoas, entre profissionais de saúde, pesquisadores, gestores brasileiros e estrangeiros representando 25 países.
Já estavam institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) 19 práticas integrativas: ayurveda, homeopatia, Medicina Tradicional Chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, Reiki, Shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e Yoga.
“O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em promoção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando nesta direção”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
A ampliação da oferta terapêutica e mudança do paradigma de cuidado para avanços e fortalecimento da promoção da saúde tem sido considerada pauta prioritária da atual gestão. A medida segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que incentiva a inserção, reconhecimento e regulamentação das Medicinas Tradicionais e Complementares. Durante o evento, Ricardo Barros assinou também ato que institui a Coordenação de Práticas Integrativas e Complementares no organograma do Ministério da Saúde.
“A experiência brasileira é a maior do mundo em práticas integrativas no sistema de saúde público. Começar o congresso com o brado do povo Guarani revela o que temos que avançar no país, debate que será feito ao longo desse evento. Entretanto, é importante registrarmos os avanços da implementação das PICS ao longo dos anos. A portaria com as novas práticas e a criação da coordenação mostram o empenho do ministro Ricardo Barros em ampliar a Política”, ressaltou João Salame Neto, diretor do Departamento de Atenção Básica (DAB/MS) e presidente do INTERCONGEPICS.
Participaram da cerimônia de abertura do congresso o secretário de Atenção à Saúde (SAS/MS), Francisco de Assis Figueiredo, a diretora da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), Carissa Étienne, a ministra de Estado de Saúde de Curaçau, Susanne Camelia-Römer, o vice-ministro de Estado de Nicarágua, Enrique Beteta Azevedo, o secretário de Estado da Saúde, Luiz Antônio Teixeira Filho, representando o governador do Rio de Janeiro e o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o diretor da Medicinas Tradicionais Complementares e Integrativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), Zhang Qi, o presidente da Frente Parlamentar das PICS, Giovani Cherini, os deputados federais Alex Canziani e Saraiva Felipe, o presidente International Maharishi Ayurveda Foundation, Devinder Triguna, e o presidente All India Ayurveda Congress, Rainer Picha.
Histórico
A PNPIC, publicada em 2006, instituiu no Sistema Único de Saúde (SUS) abordagens de cuidado integral à população por meio de sistemas complexos e outras práticas que envolvem recursos terapêuticos diversos. Desde a sua implantação, o acesso dos usuários do SUS a essas práticas têm crescido exponencialmente.
Os 12 anos da Política trouxeram avanços significativos para a qualificação do acesso e da resolutividade na Rede de Atenção à Saúde, com mais de nove mil estabelecimentos que ofertam PICS. O segundo ciclo do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) avaliou mais de 30 mil equipes de atenção básica no território nacional e demonstrou que novas práticas deveriam ser incluídas nas diretrizes da Ministério.
Conheça as novas práticas da PNPIC
Apiterapia
– método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.
Aromaterapia
– uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais promovem bem estar e saúde.
Bioenergética
– visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a expressão de sentimentos.
Constelação familiar
– técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
Cromoterapia
– utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o corpo.
Geoterapia
– uso da argila com água que pode ser aplicada no corpo. Usado em ferimentos, cicatrização, lesões, doenças osteomusculares.
Hipnoterapia
– conjunto de técnicas que pelo relaxamento, concentração induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados.
Imposição de mãos
– cura pela imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para transferência de energia para o paciente. Promove bem estar, diminui estresse e ansiedade.
Ozonioterapia
– mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia e oncologia.
Terapia de Florais
– uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios. Auxilia no equilíbrio e harmonização do indivíduo.