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ATENÇÃO P´RIMÁRIA
Gestores maranhenses participam de Encontro Estadual para fortalecimento da Atenção Básica
A agenda de Encontro Estadual para Fortalecimento da Atenção Básica, que vem acontecendo em todos os estados brasileiros, chegou a 11ª edição nos dias 25 e 26, na capital maranhense, São Luís. O evento faz parte de uma série de encontros promovidos pelo Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde (DAB/MS). O encontro busca construir uma agenda conjunta entre o governo federal, estadual e municipal.
Compondo a mesa de abertura, a professora do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Rejane Cristina de Sousa Queiroz, falou da importância da academia acompanhar a agenda do DAB. “É importante participar de agendas como esta, assim, podemos atualizar nossos professores e mudar o que for importante para o nosso trabalho, como as estratégias de estágios e projetos de pesquisa. Sem esquecer que podemos aprofundar esse debate da Atenção Básica com os alunos”, reforçou.
Para a coordenadora da Atenção Básica de Pirapemas, Espírito Santo, é impossível buscar mais qualidade para o Sistema Único de Saúde sem falar de Atenção Básica. “Muitas pessoas podem achar o nosso discurso repetitivo, mas a Atenção Básica é um campo muito amplo. Só assim, debatendo, podemos buscar a qualidade para os usuários”, afirmou pontuando que no momento Pirapemas (MA) precisa fortalecer com urgência a Estratégia Saúde da Família (ESF).
A coordenadora da Atenção Básica de Arari (MA), Rosangela Bogea, parabenizou a iniciativa. “É um privilégio ter os técnicos do DAB mais próximos dos municípios. Este é o momento para sanar todas as dúvidas. Estou certa de que voltarei mais qualificada e pronta para contribuir com o município”, comentou.
Participaram também da mesa de abertura o presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Maranhão (COSEMS/MA), Vinícius Araújo, a superintendente da Atenção Primária da Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão (SES/MA), Joelma Veras; o secretário de Saúde de São Luís, Lula Filho; o coordenador da Saúde da Família (SES/MA), Erick Carvalho; a coordenadora geral substituta do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde do Maranhão (NEMS/MA), Mary Jane Mendes Pinto; e Dirceu Klitzke representando o DAB/MS.
Apresentações
ESF na agenda AB UFMA
e-SUS
NASF
PMAQ
PNAB
Processo de Trabalho - PSE
Requalifica UBS
Saúde Bucal
Telessaúde
Situação da ESF no MA
Maranhão comemora avanços nas PICS
O Encontro Estadual em São Luís permitiu exposição de relatos e trocas de experiências. Entre os diversos depoimentos compartilhados,o da coordenadora das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no Estado do Maranhão, Silvanilde Carvalho, aproveitou o momento para comemorar os avanços da oferta das práticas.
A implementação das PICS pelo governo maranhense é recente. A gestão estadual começou a se mobilizar em outubro do ano passado, após participar do I Congresso Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CONGREPICS). O Estado realizou parcerias com o Departamento de Vigilância e Saúde e com o Departamento de Atenção à Saúde do Adulto/Idoso.
“Não tínhamos recursos humanos suficientes para a implantação. Vimos a necessidade de organizar o serviço. Foi quando conseguimos mais uma parceria, agora com a Escola de Governo do Maranhão (EGMA), para darmos um curso modular em formação de Práticas Integrativas e Complementares para os nossos profissionais”, contou.
Maranhão conta com um projeto piloto na rede materno infantil em Imperatriz. Para a coordenadora, a experiência tem sido maravilhosa. “Tem sido aplicado Shantala e já temos excelentes resultados”, contou explicando que a prática utilizada consiste na massagem para bebês e crianças pelos pais, composta por movimentos que proporcionam benefícios decorrentes do alongamento dos membros e do estímulo da circulação.
De acordo com a coordenadora, o segundo maior desafio é montar centros de referências em PICS, um para pacientes oncológicos e com dor crônica, e outro para atender a saúde mental.
Outros projetos estão prestes a serem lançados, como a formação em plantas medicinai dentro dos terreiros. “Vamos começar a trabalhar com as benzedeiras, raizeiros e parteiras. Além para valorizar a tradição da medicina indígena, queremos focar na saúde indígena, considerando que o Maranhão é 70% indígena”, explicou Silvaneide.
O Maranhão já oferta as Práticas Integrativas e Complementares em 96 municípios. Em 2017, foram registrados mais de 13 mil atendimentos individuais no estado.
Farmácia Viva
Outro marco importante para as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde no Estado é o Projeto Farmácia Viva. “Trazer a cultura popular para as cidades, respeitando as pessoas que trabalham com as plantas medicinais, e principalmente as pessoas de baixa renda, tem sido fundamental para o fortalecimento da Atenção Básica aqui na nossa região”, afirmou.
Farmacêuticos do projeto, coordenado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), ministraram o treinamento com o objetivo de disseminar os conhecimentos fitoterápicos para o tratamento de diversas doenças. O projeto visa valorizar a fitogeografia do Maranhão e está dando continuidade aos trabalhos já desenvolvidos na região.
O estado possui mais de 10 mil plantas medicinais catalogadas e com pesquisas comprovando sua eficácia. A expectativa é que até o fim de 2018, todos os 217 municípios estejam inseridos na Farmácia Viva.