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DSEI Alto Rio Solimões reduz casos de malária na região
Capacitações e ações integradas das equipes, com foco na eliminação de vetores, foram algumas das atividades que contribuíram para o resultado
Foto: Sesai-MS/Divulgação
Durante o 3º Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Combate à Malária, com o tema "O sucesso no controle da Malária em Áreas Indígenas", que aconteceu em Manaus (AM), a coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Solimões (DSEI ARS) apresentou ações de atenção à saúde que auxiliaram na diminuição dos casos da doença na região.
Segundo o coordenador do DSEI ARS, Weydson Pereira, a região distrital foi a única, na área da Amazônia legal, a reduzir em dois anos consecutivos a Incidência Parasitária Anual (IPA) de Malária. “Em 2015, éramos região de Alto Risco para Malária, com IPA=70; em 2016, passamos para região de Médio Risco, com IPA=16,7, e em 2017 conseguimos um resultado histórico, reduzindo para a categoria de região de Baixo Risco para Malária, com IPA=7,11. Isso equivale a uma redução de mais de 4 mil casos de Malária”, destacou.
Ainda segundo o coordenador, a redução dos casos se deveu principalmente à estruturação e ao aumento das equipes de endemias, que propiciaram a ampliação do diagnóstico nas microrregiões, e também às ações desenvolvidas em conjunto com os municípios, para o combate à procriação de larvas e mosquitos.
Dentre as ações que se destacaram estão o controle vetorial com “fumacês” e capacitações para execução de ações de saúde focadas na eliminação de vetores, incluindo a formulação de material pedagógico na língua Ticuna (língua indígena mais falada na região), de maneira a facilitar a compreensão das ações pelos Agentes Indígenas de Saúde (AIS) e população indígena.
Incentivo à saúde
Através da articulação dos Coordenadores dos DSEIs do estado do Amazonas (Alto Rio Solimões, Vale do Javari, Parintins, Manaus, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus e Alto Rio Negro) com a Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas (SUSAM), foi pactuada uma agenda envolvendo a rede de atenção especializada, com apresentação das principais demandas de atendimento de média e alta complexidade aos povos indígenas.
Durante a reunião, também foi elaborado um documento contendo sugestões para atuação dos estabelecimentos de saúde da região que forem beneficiados com o Incentivo de Atenção aos Povos Indígenas (IAEPI), além da formação de um Fórum de Saúde Indígena, para ampliação e estreitamento do diálogo com os coordenadores distritais de saúde indígena.
Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai
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