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Saúde Indígena
DSEI Xingu realiza primeiro encontro de saúde mental
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Xingu realizou no início do mês, entre os dias 8 e 11 de maio, em Canarana (MT), o “I Encontro de Educação Permanente em Cuidado Psicossocial: Construção de Bem Viver”. O evento teve o objetivo de estimular reflexões junto à comunidade indígena sobre ações de bem viver e instrumentalização do cuidado psicossocial.
A atividade foi a primeira realizada sobre o tema no DSEI Xingu, e esteve voltada principalmente para os profissionais das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) que atuam na região do território indígena do Xingu (TIX). A iniciativa buscou, além do debate sobre as ações de saúde mental, fortalecer a interculturalidade, por meio da interação entre medicinas tradicionais e ocidentais, considerando as noções de saúde e doença dos 16 povos indígenas, abrangendo cerca de 7 mil pessoas que vivem na localidade, para o exercício da atenção diferenciada.
Durante o Encontro, foram discutidas questões sensíveis ao bem viver indígena, como violência e uso abusivo de álcool e outras drogas, entre outros. Além disso, também foram implementadas as fichas de vigilância em saúde mental indígena e acordados os apoiadores matriciais do Programa em todo o território da Terra Indígena Xingu, visando a descentralização do cuidado em atenção psicossocial.
Para a referência técnica de saúde mental do DSEI Xingu, Aline Lima, o evento representa o primeiro passo para a implementação do programa de forma descentralizada, pretendendo uma união de forças de todos que compõem as EMSI (Agentes de saúde indígena, técnicos de enfermagem, enfermeiros, odontólogos e médicos).
“O Encontro foi fundamental para a qualificação do cuidado em atenção psicossocial dos profissionais atuantes do DSEI Xingu. A sensação que fica é a disposição dos profissionais de saúde, indígenas e não indígenas, acerca de temas tão delicados como transtornos psíquicos, violência, uso abusivo de álcool e outras drogas, entre outros”, destacou.
Estiveram presentes representantes do Conselho Distrital de Saúde Indígena (CONDISI), da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) de Canarana, da Associação Yamaricumã das Mulheres Xinguanas, representantes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Referências Técnicas do Programa de Saúde Mental da Sesai/MS e dos DSEIs Araguaia, Xavante, Xingu e Kayapó Pará.
Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai
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