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Fórum debate investimentos para o setor saúde
Ministro da Saúde, Gilberto Occhi, apresentou, nesta quarta-feira (30), painel sobre investimentos com foco em oportunidades no envelhecimento da população, serviços e parcerias para inovação no setor
No segundo dia (30) do evento Brasil Investiment Forum 2018, que reúne em São Paulo investidores estrangeiros, especialistas de diversas áreas e autoridades do Governo Federal com o objetivo de fomentar novos negócios e oportunidades para o Brasil, o tema saúde foi destaque. Na ocasião, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi apresentou um panorama de investimentos no setor que movimenta R$ 546 bilhões, 9,1% do PIB do Brasil, segundo dados de 2015 divulgados pelo IBGE, com destaque, em âmbito nacional, às ações de prevenção e cuidado com o envelhecimento da população. É importante destacar que o SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, em países com mais de 100 milhões de habitantes. Durante a sua apresentação, Gilberto Occhi abordou o potencial do setor para investidores em serviços, medicamentos e equipamentos hospitalares. O evento foi o ambiente adequado para os investidores dos mercados nacional e internacional avaliarem ações de negócios no País, sob a perspectiva da inovação em favor do crescimento da área. O Fórum também possibilita que os gestores destaquem a retomada da confiança na estabilidade macroeconômica e no potencial de crescimento do país.
O Ministério da Saúde tem aumentado sua participação em reuniões e câmaras técnicas internacionais na prospecção de parceiros e identificação de novas oportunidades de cooperação. Além disso, a pasta tem fomentado pesquisas colaborativas internacionais e ampliado a interface dos pesquisadores brasileiros com cientistas estrangeiros. O Ministério da Saúde ampliou o financiamento para pesquisadores que atuem em cooperação com pesquisadores de outros países. Entre os exemplos as pesquisas conduzidas no âmbito da cooperação entre Ministério da Saúde eNational Institutes of Health (NIH), onde o governo brasileiro financia os pesquisadores brasileiros que desenvolvem trabalhos conjuntos com pesquisadores dos EUA, que por sua vez são financiados pelo governo dos EUA.
A Saúde é uma área fortemente indutora do desenvolvimento econômico e social, pois alia a dimensão social e da cidadania com a dimensão econômica e da inovação. “O setor saúde apresenta diversas oportunidades. Entendo ser necessário o apoio do setor privado para que junto com o institucional possa desenvolver ações que favoreçam o crescimento deste setor. Como, por exemplo, na Atenção Básica; no diagnóstico mais precoce, para diversos tratamentos voltados à população brasileira; na aceleração do desenvolvimento de novas soluções de medicamentos para que ocorra uma diminuição de custos e melhor oferta de tratamentos mais adequados.
O ministro também chamou a atenção para o envelhecimento da população. O setor saúde no Brasil desperta atenção pelo potencial de crescimento de cobertura que o sistema de saúde apresenta. “Hoje, o Brasil tem cerca de 30 milhões de idosos. Daqui a 12 anos, em 2030, terá mais de 41 milhões de habitantes idosos. Olhando para esse cenário, precisamos atuar mais na atenção preventiva e no cuidado a essa população. É um cenário que merece atenção pela possibilidade de muitos investimentos fundamentais para o fortalecimento do setor”, ressaltou Gilberto Occhi.
INVESTIMENTOS SETOR SAÚDE
O Brasil é o sexto mercado farmacêutico no mundo, com expectativa de chegar ao quinto lugar até 2020, com faturamento de R$ 63,5 bilhões. Além disso, aparece como o maior mercado da América Latina, o que representa 43% das vendas. O México é o segundo colocado, com 17%. Atualmente, o Ministério da saúde possui 115 Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) em andamento em diversas fases de desenvolvimento para produção de medicamentos e insumos de saúde. Estão envolvidos 83 produtos estratégicos de interesse do Sistema Único de Saúde (SUS), concentrados nos oncológicos, medicamentos biológicos e tratamento para doenças raras. A pasta investe R$ 1,5 bilhão por ano em compras governamentais em troca de transferência de tecnologia.
Por Alexandre Penido, da Agência Saúde
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