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Percentual de mulheres com diabetes cresce em Vitória
Estudo do Ministério da Saúde mostra que a diabetes cresceu 134% na população feminina, nos últimos 11 anos. Em 2017, 10,3% das mulheres dizem ter diagnóstico de diabetes na capital
O percentual de mulheres de Vitória (ES) que apresentaram diagnóstico médico de diabetes mais que dobrou (134%), entre os anos de 2006 e 2017. Os dados, da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), servem para alertar a população da capital capixaba no Dia Nacional de Controle do Diabetes, celebrado anualmente no dia 27 de junho. Há 11 anos, o número de mulheres que tinham sido diagnosticados com a doença era de 4,4%, agora o índice passou para 10,3%. O percentual de homens com diagnóstico de diabetes também aumentou 10,7% no mesmo período. No geral, Vitória aparece como a segunda capital com o maior número de pessoas com a enfermidade, com 8,5%, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro.
Na comparação com as demais capitais, os homens de Vitória apresentaram uma das 10 menores taxas de diagnóstico médico de diabetes, em 2017. Já entre as mulheres, a capital capixaba teve o maior percentual da doença (10,3%) junto com o Rio de Janeiro, que apresentou o mesmo índice.
“O diabetes, assim como a hipertensão e o colesterol alto, pode ser evitado, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar indicadores de saúde que dão subsídio a formulação e reformulação de políticas públicas", declarou Marta Coelho.
Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou 7.259 pessoas no Espírito Santo. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número teve alta de 6,25% no período: foram 944 mortes, em 2010, e 1.003 em 2016. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que a quantidade de internações subiu de 2.443 em 2010 para 2.689, em 2016. O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.
TRATAMENTO DO DIABETES NO SUS
Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, ainda está disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas.
O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas.
INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Uma portaria do Ministério da Saúde proíbe venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do órgão.
A pasta também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, em 2014. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e para fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. Em parceria do Ministério da Saúde com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) por meios de acordos voluntários, foram retirados mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados e ultraprocessados em quatro anos. O país também incentiva práticas promotoras da saúde, como práticas corporais e de atividades físicas e alimentação saudável por meio do Programa Academia da Saúde com mais 3.800 polos habilitados e do Programa Saúde na Escola.
Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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