Notícias
Percentual de mulheres com diabetes cresce em Porto Velho (RO)
Estudo do Ministério da Saúde mostra que a diabetes cresceu 81,8% na população feminina, nos últimos 11 anos. Em 2017, 8,7% das mulheres dizem ter diagnóstico de diabetes na capital
O percentual de mulheres de Porto Velho (RO) que apresentaram diagnóstico médico de diabetes aumentou 81,2% entre os anos de 2006 e 2017. Os dados, da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), servem para alertar a população da capital de Rondônia no Dia Nacional de Controle do Diabetes, celebrado anualmente no dia 27 de junho. Há 11 anos, o percentual de mulheres que tinham o diagnóstico da doença era de 4,8%, agora o índice passou para 8,7%. O percentual de homens com diagnóstico de diabetes também aumentou 33,3% no mesmo período. No geral, Porto Velho aparece como uma das capitais com o maior número de pessoas com a enfermidade, com 7,5%.
Na comparação com as demais capitais, os homens de Porto Velho apresentaram uma das 12 menores taxas de diagnóstico médico de diabetes, em 2017. Já entre as mulheres, a capital de Rondônia teve o quarto maior percentual da doença (8,7%) atrás de Recife, Rio de Janeiro e Vitória.
“O diabetes, assim como a hipertensão e o colesterol alto, pode ser evitado, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar indicadores de saúde que dão subsídio a formulação e reformulação de políticas públicas", declarou Marta Coelho.
Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou 2.578 pessoas em Rondônia. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número teve alta de 21,1% no período: foram 345 mortes, em 2010, e 418 em 2016. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que a quantidade de internações caiu de 1.984 em 2010 para 1.819, em 2016. O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.
TRATAMENTO DO DIABETES NO SUS
Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, ainda está disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas.
O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas.
INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Uma portaria do Ministério da Saúde proíbe venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do órgão.
A pasta também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março de 2017 em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA, em 2014. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e para fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. Em parceria do Ministério da Saúde com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) por meios de acordos voluntários, foram retirados mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados e ultraprocessados em quatro anos. O país também incentiva práticas promotoras da saúde, como práticas corporais e de atividades físicas e alimentação saudável por meio do Programa Academia da Saúde com mais 3.800 polos habilitados e do Programa Saúde na Escola.
Por Victor Maciel, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa
(61) 3315 3580/3174