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Percentual de mulheres com diabetes cresce em Belém (PA)
Estudo do Ministério da Saúde mostra que a diabetes cresceu 33,3% na população feminina, nos últimos 11 anos. Em 2017, 6,8% delas dizem ter diagnóstico de diabetes na capital
O percentual de mulheres de Belém que apresentaram diagnóstico médico de diabetes aumentou 33,3%, entre os anos de 2006 e 2017. Os dados, da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), servem para alertar a população da capital paraense no Dia Nacional de Controle do Diabetes, celebrado anualmente no dia 27 de junho. Há 11 anos, o percentual de mulheres que tinham identificado a doença era de 5,1%, agora o índice passou para 6,8%. Apesar de apresentarem percentuais parecidos em 2006, o número de homens com diagnóstico de diabetes teve um pequeno aumento de 9,8%, e foi menor do que elas no ano passado (5,6%). No geral, Belém aparece como uma das capitais que tem o menor número de pessoas com a enfermidade, com 6,2%.
“O diabetes, assim como a hipertensão e o colesterol alto, pode ser evitada, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados. O objetivo do Vigitel é monitorar anualmente esses fatores de risco e proteção para doenças crônicas e, com isso, acompanhar indicadores de saúde que dão subsídio a formulação e reformulação de políticas públicas", declarou Marta Coelho.
Na comparação com as demais capitais, os homens de Belém (4,6%) apresentaram uma das oito menores taxas de diagnóstico médico de diabetes, em 2017. Já entre as mulheres, a capital paraense foi a nona com o menor percentual da doença.
Entre 2010 e 2016, o diabetes já vitimou com óbitos 12.751 pessoas no Pará. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), o número cresceu 40,2% no período, saindo de 1.423 mortes para 1.996 no ano passado. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) apontam que quantidade de internações também cresceu: foram 4.769 em 2010 e 5.955, em 2016. O diabetes é responsável por complicações, como a doença cardiovascular, a diálise por insuficiência renal crônica e as cirurgias para amputações dos membros inferiores.
TRATAMENTO DO DIABETES NO SUS
Para os que já têm diagnóstico de diabetes, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta gratuitamente, já na atenção básica - porta de entrada do SUS, atenção integral e gratuita, desenvolvendo ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive com insulinas. Para monitoramento do índice glicêmico, ainda está disponível nas unidades de Atenção Básica de Saúde, reagentes e seringas.
O programa Aqui Tem Farmácia Popular, parceria do Ministério da Saúde com mais de 34 mil farmácias privadas em todo o país, também distribui medicamentos gratuitos, entre eles o cloridrato de metformina, glibenclamida e insulinas.
INCENTIVO A HÁBITOS SAUDÁVEIS
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. Uma portaria do Ministério da Saúde proíbe venda, promoção, publicidade ou propaganda de alimentos industrializados ultraprocessados com excesso de açúcar, gordura e sódio e prontos para o consumo dentro das dependências do órgão.
A pasta também adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Em 2017, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e para fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos. O país também incentiva a prática de atividades físicas por meio do Programa Academia da Saúde com mais 3.800 polos habilitados.
Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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