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Em Vitória, diminui 49% o número de pessoas que dirigem embriagadas
O número de mortes por acidentes de trânsito também diminuiu de 2008 para 2016. No Espírito Santo a queda foi de 21,8% e no Brasil de 2,4%
De 2011 para 2017, caiu em 49,3% a frequência de pessoas, de Vitória (ES), que conduzem veículos motorizados após consumir bebidas alcóolicas. É o que mostram os dados levantados através da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. Em 2011, a frequência de motoristas que admitiram dirigir sob efeito de álcool era de 8,1%, enquanto em 2017 foi registrado o índice de 4,1%. No Brasil a frequência desse hábito aumentou em 16%.
O Vigitel é uma pesquisa realizada em todas as capitais do país, por telefone, com adultos maiores de 18 anos. Em Vitória, foram entrevistadas 2.055 pessoas entre fevereiro a dezembro de 2017. Dessas 728 eram homens e 1.327 mulheres.
Na capital do Espírito Santo, os homens ainda são os que mais se arriscam no estado dentro desse percentual, representam 7,4% da população, enquanto as mulheres são 1,3%. Quando analisado o Brasil, o fato não muda, os homens representam 11,7% enquanto que as mulheres são 2,5%.
A Diretora de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, explica que, pela pesquisa, observa-se prevalentemente que os homens continuam a se arriscar mais do que as mulheres. “Esse é um perfil mundial, mas que no Brasil agrava a situação devido à infraestrutura que o país oferece aos condutores. É necessário ser mais prudente, pensar que os acidentes de trânsito podem matar e causar graves sequelas. Da mesma forma, os governos também precisam rever como podem tornar as vias melhores e mais seguras”, enfatizou.
A pesquisa ainda mostra que entre as cinco capitais onde mais se pratica o consumo de álcool ligado a direção estão Palmas (16,1%); Florianópolis (15,3%); Cuiabá (13,5%); Boa Vista (11,6%); e Campo Grande (11,3%). Vitória está entre as capitais onde o hábito é menos praticado. Além dela, também fazem parte do grupo Recife (2,9%); Maceió (3,4%); Rio de Janeiro (4%); e Porto Alegre (4,8%).
ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO
Os números de mortes por acidentes de trânsito no Espírito Santo também sofreram queda representativa de 21% entre os anos de 2008 e 2016. Quando a lei foi implementada, em 2008, o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde registrou 1066 óbitos por essa causa, em 2016 foram 834 casos.
A redução é ainda mais representativa se comparado ao ano de 2012, quando a lei sofreu sua primeira alteração, tornando-se mais rígida com o aumento da multa para condutores flagrados dirigindo alcoolizados. Em 2012, 1163 pessoas morreram vítimas de acidentes no trânsito. Comparado a 2016, a frequência caiu em 28,3%.
No Brasil, percebe-se que esse número de mortes caiu em apenas 2,4%. Em 2008, foram registrados 38.273 óbitos, enquanto que em 2016 apontam a queda para 37.345 casos. A redução comparado a 2012 é maior, sobe para 16,7%, nesse ano 44.812 pessoas morreram vítimas de acidentes no trânsito.
Em todo o Brasil, os estados que mais registraram essa queda foram o São Paulo (25,4%), Espírito Santo (21,8%), Santa Catarina (19,0%), Distrito Federal (17,5%) e Paraná (15,9%). Em contrapartida houve o aumento da mortalidade no Pará (39,4%), Maranhão (39%), Piauí (37,2%), Bahia (36,8%), Tocantins (26,5%),
Por regiões, o aumento se deu no Nordeste (26,4%) e no Norte (23%), enquanto que a redução ocorreu no Sudeste (18,6%); Sul (15,5%) e Centro-Oeste (1,9%). Em números de óbitos registrados no ano de 2008 e 2017, passaram de 2.718 para 3.344 no Norte; 9.282 para 11.734 no Nordeste; 3.927 para 3.852 no Centro-Oeste; 15.189 para 12.369 no Sudeste; e de 7.157 para 6.046 no Sul.
INTERNAÇÕES
No Brasil, em 2009, a pasta registrou 125.060 internações no Sistema Único de Saúde (SUS) envolvendo condutores, passageiros e pedestres que haviam se acidentado no trânsito. Em 2016, 178.974 pessoas foram internadas e tratadas, um percentual 43,1% superior ao primeiro ano da lei seca. O valor gasto em 2016 foi de R$ 252,7 milhões.
Por Ingrid Castilho, da Agência Saúde
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