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Espera por cirurgias de cardiopatia congênita infantil cai 35%
Em um ano, o número de cirurgias aumentou 8%. Avanços são resultados do Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita, lançado em junho de 2017
O número de procedimentos cirúrgicos relacionados a cardiopatia congênita em crianças aumentou 8% entre junho de 2017 e março de 2018. Durante o período, foram realizadas 6.867 cirurgias. Os avanços positivos são resultados do Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita, lançado pelo Ministério da Saúde ano passado. Antes, o número de cirurgias realizadas foi de 6.317. Além disso, houve redução de 35% no número de pacientes em espera, passando de 109 para 70.
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Para ampliar o acesso ao diagnóstico e cirurgias, o Ministério da Saúde reajustou os valores pagos de 49 procedimentos de cirurgia cardiovascular pediátrica, com aumento médio de 60%. Também foi modificado o tipo de financiamento do Governo Federal, que passou a custear esses procedimentos por meio de recursos extras, pagos após a realização das cirurgias. A medida trouxe mais autonomia aos estados e municípios e, principalmente, mais acesso da população ao serviço. Na prática, isso significou incremento de R$ 39,3 milhões anuais, o que representa aumento de 75,2% em relação ao orçamento destinado ao pagamento desse tipo de procedimento.
“Em um ano já é possível ver melhora. Ainda temos muito o que avançar, mas tenho certeza de que esses avanços chegam em boa hora para dar mais suporte aos familiares e pacientes que sofrem com cardiopatia congênita. Ainda que tenhamos avançado nos processos e tratamentos cirúrgicos, é necessário, e justamente por isso é uma das nossas prioridades, manter as ações e incentivar outras medidas propostas por esse plano, como, por exemplo, ampliação ao diagnóstico e à capacitação da equipe multidisciplinar no cuidado, trazendo um cuidado cada vez mais integral, resolutivo e de qualidade”, destacou o secretário de Atenção à Saúde, Francisco Figueiredo.
DIA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA CARDIOPATIA CONGÊNITA
O dia 12 de junho, além de ser o aniversário de um ano do lançamento do plano, também é reconhecido oficialmente em várias cidades brasileiras como o Dia Nacional de Conscientização da Cardiopatia Congênita. O objetivo é informar a população sobre esse grupo de doenças e enfatizar a importância do diagnóstico e tratamento precoce, ambos oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As cardiopatias congênitas consistem em anomalias ocasionadas por defeitos anatômicos do coração ou dos grandes vasos associados, que produzem insuficiência circulatória e respiratória e outras consequências graves, o que pode, em muitos casos, comprometer a qualidade de vida e a própria vida do paciente. Além disso, em decorrência da taxa de incidência atual, estimada em dez casos a cada mil nascidos vivos, espera-se que nasçam cerca de 30 mil crianças com cardiopatia congênita no Brasil.
Além das maternidades e dos demais serviços que integram o SUS, que contam com profissionais qualificados para identificar os sinais e sintomas das cardiopatias, diagnosticá-las e prover o acompanhamento apropriado, o Brasil conta hoje com 68 unidades habilitadas junto ao Ministério da Saúde para realizar cirurgias cardiovasculares pediátricas.
Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde
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