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Jovens entre 18 e 29 anos são os maiores doadores de sangue no país
Atualmente 1,6% da população brasileira doa sangue. Nova campanha tem como objetivo homenagear doadores regulares e incentivar novos voluntários para ampliar estoque no país
No Dia Mundial da Doação de Sangue, celebrado nesta quinta-feira (14/6), o Ministério da Saúde lança nova campanha nacional para homenagear doadores regulares e sensibilizar novos voluntários para ampliar a doação de sangue no país. Dados revelam que a doação é maior entre jovens na faixa etária de 18 a 29 anos, representando 42% dos doadores. Com o Slogan “Doe Sangue Regularmente, Tem Sempre Alguém Precisando de Você”, a campanha foi lançada no Hemocentro de Brasília e irá ao ar até 30 de junho.
“O investimento do governo federal para fortalecer a hemorrede é crescente, ano a ano, para construirmos uma rede bem estruturada e segura para quem doa e quem recebe. É importante também incentivar a população para a doação voluntária, pois nesse período de inverno e férias ocorre uma redução natural desse doares. Por isso a necessidade de fortalecer o ato da doação e deixar os bancos de sangue abastecidos em todo o país”, reforçou o secretário executivo do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcanti.
Confira a apresentação sobre o lançamento da campanha
Em 2017, 3,3 milhões de pessoas doaram sangue e aproximadamente 2,8 milhões realizaram transfusão sanguínea no país. Do total de doadores no ano passado, 60% são homens. Ao todo, existem no país 32 hemocentros coordenadores e 2.034 serviços de hemoterapia, incluindo hemocentros regionais, núcleos de hemoterapia, unidades de coleta e transfusão, central de triagem e laboratorial de doadores.
O coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag, reforçou que a prioridade em manter os estoques de sangua abastecidos. “Faremos uma ampla campanha para estimular a doação de sangue. O objetivo é mobilizar a sociedade e ampliar o número de doadores no Brasil. Lembrando que uma doação pode beneficiar até quatro pessoas”, destacou o coordenador. “
Nesta época do ano, costuma ocorrer uma baixa nos estoques de sangue, devido à proximidade das férias escolares, das festas de São João, além da mudança de estação, com a chegada do inverno. Por isso, a importância em reforçar esse ato de solidariedade. Para isso, a campanha, que começa a ser veiculada a partir desta quinta-feira (14), contará com jingle, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde de todo país.
No Brasil, cerca de 1,6% da população doa sangue – 16 a cada mil habitantes. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde tem trabalhado para aumentar o número de doadores.
Para 2018, está previsto investimento de R$ 1,3 bilhão na rede de sangue e hemoderivados. Os recursos são destinados a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes para atenção aos pacientes portadores de doenças hematológicas.
CONDIÇÕES PARA DOAR
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa, independentemente de parentesco com o doador. É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão.
REFERÊNCIA INTERNACIONAL
O Brasil é referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África. Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com mais de 10 países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o fortalecimento da doação voluntária de sangue.
Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde
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