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Com obesidade e excesso de peso estáveis, população do Rio de Janeiro passa a adotar práticas saudáveis
Capital do Rio de Janeiro tem alta no consumo de frutas e hortaliças e queda no consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas.
Apesar do alto índice de obesidade e excesso de peso, a população do Rio de Janeiro, capital fluminense, já demonstra hábitos mais saudáveis. De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2017, do Ministério da Saúde, 20,2% dos habitantes da capital estão obesos e que 57% possuem excesso de peso. Na contra mão desses altos percentuais, a prática de atividade física no tempo livre aumentou 129,1% (de 2009 a 2017) e o consumo de refrigerantes e bebidas açucaradas caiu 40%. Ao contrário de outras capitais, o consumo regular de frutas e hortaliças teve um leve crescimento (de 2008 a 2017).
“Mesmo com esta tendência a estabilidade e com o crescimento de pessoas que praticam atividade física e que estão consumindo alimentos mais saudáveis, não podemos deixar de continuar vigilantes com a população do Rio de Janeiro. A obesidade e o sobrepeso são portas de entrada para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que prejudicam a saúde da população e que poderiam ser evitadas”, ressaltou a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde (DANTPS), do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.
Ainda na capital, o consumo de refrigerantes e sucos artificiais caiu 40%, ao longo dos últimos 11 anos. Em 2007, 27% da população do Rio de Janeiro consumiam esse tipo de bebida. No ano passado, o índice foi para 16,2%. Na comparação entre os sexos, as mulheres foram as que mais deixaram de ingerir refrigerantes, elas apresentaram uma queda de 52,7% contra 48,4% dos homens.
A Vigitel mostrou ainda que a população do Rio de Janeiro tem mantido estável o consumo regular de frutas e hortaliças. Percebe-se que a ingestão regular (em 5 ou mais dias na semana) destes alimentos ficou parecida em ambos os sexos, passando de 30,3% em 2008 e indo para 32,7%, em 2017.
Para avaliar a obesidade e o excesso de peso, a pesquisa leva em consideração o Índice de Massa Corporal (IMC). Por meio dele, é possível classificar um indivíduo em relação ao seu próprio peso, bem como saber de complicações metabólicas e outros riscos para a saúde.
O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde. Assim, entre fevereiro e dezembro de 2017, foram entrevistados por telefone 53.034 pessoas.
Ações para incentivar consumo de alimentos saudáveis
O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas é prioridade do Governo Federal. O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país. Durante o Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil, realizado em março, em Brasília, o país assumiu como compromisso deter o crescimento da obesidade na população adulta até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta, até 2019; e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Outra ação para a promoção da alimentação saudável foi a publicação do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados. Em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA), o Ministério também conseguiu retirar mais de 17 mil toneladas de sódio dos alimentos processados em quatro anos. O país também incentiva a prática de atividades físicas por meio do Programa Academia da Saúde com mais 3.800 polos habilitados.
Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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