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Folha confunde conceitos de surto e endemia
Brasil se preparou para realizar uma das maiores campanhas de vacinação contra febre amarela do mundo
A Folha de S. Paulo em sua coluna “Ministro errou feio ao anunciar fim do surto de febre amarela” confunde os conceitos de surto e de endemia. O Brasil é endêmico para febre amarela silvestre, ou seja, o vírus é ativamente acompanhado em 21 estados, onde a vacina contra a doença faz parte do calendário regular de vacinação. A doença, ao longo dos anos, apresenta ciclos de surtos, como aconteceu em 2017, quando foram confirmados 779 casos e 262 mortes pela febre amarela. Surtos são definidos por critérios técnicos e independe de opiniões e de avaliações políticas. Assim, o surto de 2017 foi encerrado em setembro, após 90 dias sem o registro de casos novos.
O fim do surto, no entanto, não significa o fim da doença e o surgimento de um novo aumento de casos. Afinal, o país é endêmico para a doença. Para proteger a população, o país tem se preparado ativamente. Alguns exemplos:
1 - Reduziu o tempo de análise de carcaças de macacos de semanas para apenas nove dias;
2 – Adquiriu, em maio de 2017, 20 milhões de seringas para vacinar rapidamente um grande número de pessoas, quando necessário;
3 - Reuniu estoque de vacina para vacinar toda a população não imunizada no país;
4 – Desde julho, tem planejado e executado com os estados e municípios estratégias de vacinação da população em novas área de risco. Entre os dias 5 e 7 de dezembro, reuniu nesse grupo representantes da OMS e Opas;
Neste momento, o conjunto de Ministério da Saúde, estados e municípios estão realizando uma das maiores campanhas mundiais de vacinação contra febre amarela, quando se pretende imunizar mais de 20 milhões de pessoas. O monitoramento é constante para avaliar novas potenciais áreas de risco e proteger a população suscetível.
O Ministério da Saúde lamenta que os ditos especialistas que surgem em momentos de crise esqueçam que a vacina contra febre amarela também pode levar a riscos, como vimos três mortes confirmadas neste ano e outras três sendo investigadas. Não é recomendável, portanto, expor pessoas a um risco sem necessidade.
Assessoria de imprensa do Ministério da Saúde
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