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Paraná terá R$ 45,7 milhões para ampliar produção de medicamentos biológicos
O recurso é destinado à construção de uma nova unidade com capacidade de triplicar a produção de imunobiológicos no estado. Convênio com o Ministério da Saúde e Caixa Econômica Federal foi assinado nesta segunda-feira (26)
O estado do Paraná vai contar com nova unidade de produção de medicamentos biológicos. A obra fará parte do Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI) e terá um investimento de R$ 45,7 milhões do Governo Federal. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante cerimônia de assinatura de contrato do projeto entre a Caixa Econômica Federal e o Governo Estadual do Paraná, em Curitiba (PR) nesta segunda-feira (26/2). O CPPI é referência nacional na produção de soros antipeçonhentos, entre eles o soro antiloxoscélico, utilizado no tratamento de acidentes com aranhas-marrons. A unidade fica em Piraquara.
A nova fábrica contará com aproximadamente seis mil metros quadrados e vai triplicar a capacidade de produção de soros. Hoje a unidade produz cerca de 20 mil frascos por ano, a expectativa é que com a nova unidade a produção avance para 60 mil frascos. A unidade terá estrutura completa para produzir e dá envase final ao produto. O processo de finalização hoje é feito pelo Instituto Butantan. “É um investimento extremamente importante para o Paraná principalmente para aumentar a capacidade do laboratório, referência na produção de biológicos. São R$ 45 milhões para construção dessa unidade e mais 30 milhões em equipamentos. Outras unidades que produzem biológicos também receberão recursos, serão investidos R$ 30 milhões em Ponta Grossa e R$ 170 milhões em Maringá”, afirmou o ministro da Saúde Ricardo Barros.
Além da fábrica no Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), o ministério também vai investir na construção do Centro Biotecnológico do Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) para a produção de seis medicamentos anticorpos monoclonais. “A nova planta, é uma iniciativa estratégica para saúde pública que vem atender tanto a necessidade nacional, quanto a demandas de outros países da América do Sul. Entre os principais soros demandados o antiloxoscélico”, destacou o secretário estadual de saúde do estado do Paraná, Michele Caputo Neto.
INVESTIMENTOS – Atualmente o Ministério da Saúde, disponibiliza pela rede pública de todo o país cerca de 300 milhões de doses de imunobiológicos ao ano, para prevenir mais de 20 doenças, em todas as faixas etárias, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Nos últimos cinco anos, o orçamento do programa cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 4,3 bilhões, em 2017.O PNI também está periodicamente fazendo mudanças no Calendário Nacional de Vacinação em função de diferentes contextos, incorporação de novas vacinas ou indicações, bem como mudança na situação epidemiológica das doenças imunopreveníveis.
Por Alexandre Penido, da Agência Saúde
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