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Saúde Indígena
Indígenas do Maranhão receberão sistemas de abastecimento de água
Secretário Marco Toccolini autorizou o início das obras, orçadas em quase R$ 4 milhões. Acesse mais no Flickr
Cerca de 2 mil indígenas das etnias Guajajara e Krepym Krateje, que vivem em 22 aldeias do Maranhão, serão beneficiados com oito Sistemas de Abastecimento de Água (SAA) ainda no primeiro semestre deste ano. Na sexta-feira (23/02), o secretário Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Marco Toccolini, assinou as ordens de serviço para o início das obras, orçadas em quase R$ 4 milhões, em recursos do Orçamento Geral da União.
A solenidade de assinatura dos documentos foi realizada no município de Jenipapo dos Vieiras, onde estão localizadas sete das aldeias contempladas, contando com a presença do prefeito Moisés Ventura, do deputado federal Hildo Rocha e outras lideranças da região, inclusive representantes dos povos indígenas, como o presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) Maranhão, Edilson Krikati. Além de Jenipapo dos Vieiras, também serão atendidas aldeias localizadas nos municípios maranhenses de Barra do Corda, Grajaú e Itaipava do Grajaú
“Em menos de seis meses, é a terceira visita que faço a Jenipapo dos Vieiras, e desta vez para fazer a entrega do que prometemos há seis meses e que conquistamos com o apoio do deputado Hildo Rocha, que viabilizou a liberação dos recursos para estas obras”, afirmou o secretário Toccolini, que aproveitou a visita para anunciar mais benfeitorias para a saúde indígena da região, a começar pela Carreta Odontológica, que chega ao Maranhão em abril deste ano, com a previsão de atender a cerca de 4 mil indígenas com múltiplos procedimentos, de obturações a próteses e tratamentos de canal. “A carreta conta com sete gabinetes odontológicos e passará 20 dias percorrendo as aldeias do Estado”, anunciou.
Representando os povos indígenas da região, a vereadora Eliza Oliveira comemorou a conquista e adiantou que as comunidades reivindicam a construção de mais três poços e respectivos sistemas de distribuição de água para aldeias de Jenipapo dos Vieiras, Bom Jesus e Alto Alegre, cujos projetos estão em fase de elaboração. “Precisamos ainda que seja publicada a portaria que concede o Incentivo de Atenção Especializada aos Povos Indígenas (IAEPI)”, afirmou.
A liberação de recursos do IAEPI foi outra boa notícia levada por Toccolini. “O projeto enviado pelo município já foi aprovado e os recursos começam a ser repassados em março”, antecipou. De acordo com o prefeito Moisés Ventura, Jenipapo dos Vieiras atendeu a 12 dos 13 objetivos previstos na portaria que regulamenta o incentivo e, por isso, receberá o teto de R$ 80 mil mensais, já que o 13º objetivo refere-se apenas a hospitais universitários. Segundo a secretária de Saúde, Raiane Ferreira Barros, o hospital municipal conta com 20 leitos, dos quais oito são destinados a indígenas. “Reservamos duas enfermarias, cada uma com capacidade de atender a quatro pacientes”, enumerou.
SESAI em Ação
Toccolini anunciou ainda a realização de um mutirão de cirurgias para atender a indígenas do Estado, previsto para agosto deste ano. “Este projeto, chamado SESAI em Ação, é desenvolvido em parceria com os Expedicionários da Saúde e possibilita a realização de cirurgias oftalmológicas e outros procedimentos necessários para a melhoria da saúde dos povos da região”, explicou o secretário, acrescentando que uma equipe precursora chega ao Estado em abril, para verificar possibilidades de localização do evento e também as demandas por cirurgia da população indígena local.
Uma compra realizada pelo Ministério da Saúde também possibilitará a realização de exames de ultrassonografia nas aldeias, beneficiando gestantes e pacientes com suspeitas de fratura, por exemplo. Os equipamentos portáteis estão sendo adquiridos pela Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) para a rede SUS e uma parte deles será destinada à saúde indígena. “Cada um dos seis polos-base do DSEI Maranhão receberá um desses equipamentos, o que evitará que muitos pacientes precisem se deslocar para as cidades em busca da realização do exame”, apontou o secretário.
Por Beth Almeida, do Nucom Sesai
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