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Projeto Lean reduz em 45% tempo do paciente nas emergências
Participaram da primeira etapa 16 hospitais. Agora, outros 20 hospitais passam a integrar a iniciativa que visa diminuir a superlotação nas emergências, totalizando 36 instituições atendidas em 16 estados e o DF
O Projeto Lean nas Emergências conseguiu diminuir em 45% o período de espera entre a triagem e o primeiro atendimento médico. Após a intervenção em 16 hospitais que participaram da primeira fase do projeto, esse tempo passou de 3h para, em média, 1h30. Considerando o período desde a entrada na unidade de saúde, passando pela triagem, consulta, administração de medicamentos e exames, até a alta médica, o paciente que busca atendimento nessas emergências passa, agora, duas horas a menos no pronto-socorro - uma redução de 37%, passando de 7h para 5h.
Esses são os resultados da implantação do projeto Lean nas Emergências que completa um ano e teve a segunda etapa lançada pelo Ministério da Saúde no último mês, em uma parceria com o Hospital Sírio Libanês, envolvendo mais 20 hospitais de 13 unidades da federação. Até 2020, a meta é intervir na gestão de 100 hospitais.
O secretário de Atenção à Saúde, Francisco Figueiredo, destaca que reduzir a superlotação nas emergências das unidades públicas e filantrópicas de todo o país é o objetivo do Projeto Lean nas Emergências. “Nossa meta é reduzir desperdícios, o excesso de burocracia na chegada, permanência e saída do paciente do pronto-socorro, além do retrabalho a partir de etapas desnecessárias. Com isso, garantimos mais acesso e mais agilidade no atendimento ofertado ao cidadão, que não se desgasta com o tempo de espera excessivo entre os procedimentos”, avaliou.
[note style="2"] → Acesse a página do Lean nas Emergências [/note]
LEAN NAS EMERGÊNCIAS
É uma iniciativa desenvolvida pelo Ministério da Saúde por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI) e executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. A metodologia do projeto visa melhorar a gestão nas emergências racionalizando recursos, reduzindo desperdícios e otimizando espaços e insumos para diminuir a superlotação nas urgências hospitalares. Essas ações facilitam o acolhimento e atendimento dos pacientes nos prontos-socorros dos hospitais.
Os hospitais que participam da iniciativa passam por um processo de intervenção, fase onde profissionais do Hospital Sírio-Libanês visitam os prontos-socorros e se reúnem com gestores e profissionais dos estabelecimentos para identificar dificuldades e implementar ações de melhoria, de acordo com as ferramentas da metodologia Lean, bem como capacitar as equipes. Essa fase dura, em média, seis meses e, após o término desse período, os hospitais passam por uma etapa de controle, por mais seis meses, para garantir a transformação no gerenciamento dos hospitais e que esses novos hábitos e padrões continuem mesmo após o fim das visitas.
A METODOLOGIA
O modelo de trabalho foi criado na indústria automobilística japonesa para aumentar a produtividade e a eficiência no cenário pós 2ª Guerra Mundial. O Sistema Lean, que pode ser traduzido como produção enxuta, foi utilizada em praticamente todos os setores produtivos do ocidente. E, a partir da década de 90, houve uma adaptação para utilização na área da Saúde.
No SUS, o projeto Lean nas Emergências busca organizar fluxos internos para otimizar recursos, espaços e insumos. Para isso, utiliza-se ferramentas, como o NEDOCS, que mede a superlotação a partir de parâmetros como taxa de ocupação dos leitos, número de leitos, tempo de passagem pela urgência até a alta.
Entre as propostas da metodologia Lean nas Emergências nos 16 hospitais participantes foi a identificação do tempo de atendimento e de maior fluxo na porta da emergência geral e, desta forma, alocar recursos humanos nos horários de maior fluxo de pacientes, o que agiliza o atendimento e reduz o tempo de espera.
Os 20 hospitais selecionados para a nova etapa do projeto
[table]
UF |
CIDADE |
HOSPITAL |
BA |
SALVADOR |
Hospital Municipal de Salvador |
DF |
DISTRITO FEDERAL |
Hospital Regional de Taguatinga |
RS |
PORTO ALEGRE |
Hospital de Clínicas de Porto Alegre |
BA |
SALVADOR |
Hospital do Subúrbio |
PR |
LONDRINA |
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Londrina |
CE |
FORTALEZA |
Hospital Geral Dr. César Cals |
MG |
MONTES CLAROS |
Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros |
PA |
BELEM |
Hospital Ophir Loyola |
ES |
VITORIA |
Hospital Estadual de Urgência e Emergência |
PI |
TERESINA |
Hospital de Urgência de Teresina |
AL |
MACEIÓ |
Hospital Geral do Estado de Alagoas – Prof. Osvaldo Brandão Vilela |
SC |
JOINVILLE |
Hospital Regional Hans Dieter Schmidt |
PE |
RECIFE |
Hospital Agamenon Magalhães |
MA |
SÃO LUIS |
Hospital Municipal Dr. Clementino Moura |
MG |
BELO HORIZONTE |
Hospital das Clínicas da Univ. Federal de Minas Gerais |
RS |
PORTO ALEGRE |
Associação Hospitalar Vila Nova |
SC |
JOINVILLE |
Hospital Municipal São José |
BA |
SALVADOR |
Hospital Geral Roberto Santos |
ES |
VILA VELHA |
Hospital Antônio Bezerra de Farias |
PR |
CASCAVEL |
Hospital Universitário do Oeste do Paraná |
Os 16 hospitais que já participam do projeto
UF |
CIDADE |
HOSPITAL |
CE |
Fortaleza |
Hospital de Messejana |
DF |
Brasília |
Hospital de Base do Distrito Federal |
DF |
Ceilândia |
Hospital Regional de Ceilândia |
ES |
Vitória |
Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves |
GO |
Goiânia |
Hospital de Urgências Gov. Otávio Lage de Siqueira - HUGOL |
MG |
Belo Horizonte |
Hospital Metropolitano Odilon Behrens |
MG |
Uberlândia |
Hospital de Clínicas de Uberlândia |
PR |
Curitiba |
Hospital universitário Estadual de Londrina |
PR |
Curitiba |
Hospital do Trabalhador de Curitiba |
RR |
Boa Vista |
Hospital Geral de Roraima |
RS |
Rio Grande do Sul |
Hospital Cidade Passo Fundo |
SC |
São José |
Hospital Regional São José |
SP |
São Paulo |
Hospital Geral do Grajaú |
SP |
São Paulo |
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de SP |
SP |
Guarulhos |
Hospital Geral de Guarulhos |
TO |
Palmas |
Hospital Geral de Palmas |
[/table]
Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde
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