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Saúde Indígena
Sesai discute estratégias para qualificar a atenção à saúde das mulheres indígenas
Profissionais de saúde dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) de todo o país participam, em Brasília (DF), até o próximo dia 13, da Oficina Técnica para Qualificação das Ações voltadas à Saúde das Mulheres Indígenas. O objetivo da capacitação é discutir e sistematizar um plano de gestão da atenção à saúde das mulheres indígenas, a fim de qualificar as ações de promoção, recuperação e reabilitação.
Para o secretário Especial de Saúde Indígena, Marco Antonio Toccolini, a oficina vai preparar os profissionais para as ações de saúde baseadas em demandas oriundas das mulheres da própria comunidade, relacionando o atendimento com os dados socioculturais e epidemiológicos de cada povo. “Quem conhece a saúde indígena é o indígena. Por isso, desde a I conferência livre das mulheres indígenas, realizada no ano passado, a Sesai/MS acompanha as demandas apresentadas por elas", destacou.
Segundo a presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Alto Rio Juruá (AC), Edina Brandão, da etnia Shanenawa, a oficina vai ampliar o conhecimento de quem ajuda a cuidar da saúde das mulheres indígenas. “Além de sermos índios, somos mulheres, nosso cuidado se torna mais diferenciado, pois temos cultura e costumes diferentes. Muitas coisas no atendimento de saúde convencional é ainda tabu para as mulheres indígenas. Por isso, esse conhecimento deve ser estimulado”, afirmou.
Durante toda a semana, serão discutidas formas de qualificação das ações, como a melhoria de processos de trabalho, ampliação das estratégias de ações focadas no tema, priorização do planejamento da área técnica, a partir das propostas apresentadas pelas mulheres indígenas na Carta das Mulheres reunidas na 1º Conferência Livre de Saúde das Mulheres Indígenas, entre outros temas.
A programação da Oficina foi construída com a participação de outras áreas técnicas da Sesai/MS, como saúde da criança, educação permanente e saúde mental, além de profissionais da Coordenação Geral de Saúde das Mulheres (CGSM) da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), do Ministério da Saúde.
Por Tiago Pegon, do Nucom Sesai