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Goiás receberá 648 mil doses da vacina contra influenza a partir de quarta-feira
Campanha nacional está programada para a segunda quinzena de abril. O Estado poderá utilizar as vacinas antecipadas para traçar estratégias de proteção de sua população
O estado de Goiás receberá do Ministério da Saúde, a partir de quarta-feira, 648 mil doses da vacina contra a influenza. O restante será enviado ao longo das próximas semanas, conforme o cronograma estabelecido e já informado, pelo Ministério da Saúde, aos gestores locais de saúde. O acerto foi realizado em telefonema na noite desta segunda-feira (9) entre o ministro Gilberto Occhi e o governador José Eliton. A campanha nacional de vacinação contra a gripe é realizada todos os anos na segunda quinzena de abril, mês que antecede o inverno, considerado o período de sazonalidade da doença. Assim que receber as doses da vacina, a secretaria estadual de saúde terá autonomia para antecipar a vacina para as regiões prioritárias do estado.
O cronograma da campanha de vacinação contra a influenza é adaptado conforme a produção e entrega do imunobiológico, que só começa a ser produzido com a autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS). O processo de produção da vacina leva cerca de seis meses para ser concluído. “Isso acontece porque é necessário avaliar quais cepas mais circularam no hemisfério sul no ano anterior e adaptar a vacina para a campanha do ano vigente”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
A transmissão dos vírus influenza se dá por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
O Ministério da Saúde orienta à população a adotar cuidados simples para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
CASOS - Em 2018, até 31 de março, foram registrados 228 casos de influenza em todo o país, sendo 41 em Goiás. No mesmo período, foram 28 óbitos, sendo 4 em Goiás. Do total, 57 casos e 10 óbitos foram por H3N2. Em relação ao vírus H1N1, foram registrados 84 casos e 8 óbitos. Ainda foram registrados 50 casos e 6 óbitos foram por influenza B e os outros 37 casos e 4 óbitos por influenza A não subtipado.
No mesmo período de 2017 foram registrados 276 casos de influenza no país, com 48 óbitos. Desse total, 21 casos e 6 mortes foram por h1n1; 158 casos e 20 óbitos por h3n2; 63 casos e 21 óbitos por influenza B; e 34 casos e uma morte por influenza A não subtipada.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Da Agência Saúde, Camila Bogaz
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