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Saúde Indígena
DSEI Vale do Javari promove capacitação em Interculturalidade e Antropologia da Saúde
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Vale do Javari deu início, nesta segunda-feira (2), no município de Atalaia do Norte (AM), ao curso de “Interculturalidade e Antropologia da Saúde”. A capacitação é voltada a 46 profissionais de saúde que atuam nos oito Polos Base da região, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, Agentes Indígenas de Saúde (AIS), auxiliar de mobilização e nutricionista.
O objetivo do curso, que segue até a próxima sexta-feira (6), é qualificar a atuação dos profissionais de saúde nas aldeias indígenas, em contextos interculturais, de modo a proporcionar-lhes um olhar antropológico sobre o processo saúde/doença.
Para isso, a programação prevê discussões sobre as etnografias dos povos indígenas do Vale do Javari; a apresentação de conceitos chaves da antropologia, bem como princípios gerais da antropologia da saúde; além das concepções sobre saúde e doença a partir de um olhar antropológico, analisando práticas tradicionais, como o xamanismo e a pajelança.
“Esperamos que o curso desperte uma cidadania diferenciada, com respeito à diversidade sociocultural, equidade no atendimento e, com isso, mais eficiência nos serviços de promoção à saúde indígena”, explica Marta Gadelha, apoiadora Técnica em Atenção à Saúde do DSEI Vale do Javari.
De acordo com ela, uma das metas do DSEI é capacitar, ainda este ano, todos os profissionais de saúde que atuam em Terras Indígenas, e ainda incluir profissionais de saúde que trabalham na Secretaria de Saúde de Atalaia do Norte e no hospital municipal, unidade referência do SUS que recebe pacientes indígenas para tratamento.
A capacitação prevê uma carga de 40 horas, ministrada em cinco dias de curso pelo antropólogo do DSEI Vale do Javari, Neon Solimões. O DSEI Vale do Javari está localizado no município de Atalaia do Norte, na fronteira entre o estado do Amazonas (AM) e o Peru. É responsável pela assistência de 6.263 indígenas, de seis etnias, que vivem em 59 aldeias.
Por Felipe Nabuco, do Nucom/Sesai
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