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Campanha para a região Amazônica marca o Dia Mundial da Malária
Ministério da Saúde investe em ações estratégias, com repasse de recursos, ampliação do diagnóstico e capacitação. Nos últimos 10 anos, o número de casos caiu em 57% no país
Nos últimos anos, o Ministério da Saúde tem adotado uma série de ações estratégicas para o enfrentamento da malária no país, principalmente na região Amazônica, que concentra mais de 90% dos casos da doença. Por isso, os nove estados da região serão os principais alvos da campanha de prevenção, controle e eliminação da doença, que está sendo lançada, pelo Ministério da Saúde, nesta quarta-feira (25), Dia Mundial da Malária. A campanha, que marca a data, visa conscientizar sobre o diagnóstico e tratamento da doença, além de estimular a adoção de medidas sustentáveis para controle e eliminação da malária. O slogan será “Faça o tratamento até o fim. Sem a doença, você vive muito melhor”.
Dentre as principais ações de controle da doença, está o Plano de Eliminação de Malária no Brasil, com ênfase na eliminação da malária causada pelo Plasmodium falciparum. Para intensificação de ações de combate e controle da doença, foram repassados R$ 11,9 milhões em 2017 aos nove estados localizados na região Amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). É importante ressaltar que existem casos em outras unidades da federação, portanto a vigilância não deve ser negligenciada, diante do risco de reintrodução, agravado pelo fluxo migratório em áreas suscetíveis.
Acesse o material da Campanha de Prevenção
Para a redução do número de casos, o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saude, Osnei Okumoto, considera fundamental a integração de todos (governo e sociedade) fundamental no combate à doença. “O Ministério da Saude tem encaminhado, periodicamente, técnicos aos estados endêmicos, para que se faça um trabalho conjunto com os gestores locais de saúde. Prestamos orientação com relação à política de combate à malária e sobre a otimização dos recursos. É um trabalho integrado entre o Governo Federal, estados e municípios, que visa atingir as metas definidas até o ano de 2030, para eliminação da doença no país”, explicou o secretário.
O Ministério da Saúde também realiza o monitoramento de indicadores de malária e dá suporte técnico no enfrentamento da doença às Secretarias Estaduais de Saúde, com orientações necessárias aos gestores e profissionais de saúde. Além disso, investe na capacitação de microscopistas e na ampliação do diagnóstico, com o envio de testes de diagnóstico rápidos, principalmente para áreas de difícil acesso.
Para 2018, está previsto o envio de 130 mil testes rápidos, sendo priorizadas essas regiões. O Ministério da Saúde garante, ainda, o tratamento completo pelo SUS e envia insumos para as ações de controle vetorial (inseticidas). Além disso, será realizado, no segundo semestre, a compra de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILD) para os nove estados, que serão adquiridos via Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). A distribuição será baseada em critérios epidemiológicos de cada estado e município.
Em 2017, o Ministério da Saúde realizou 27 visitas técnicas aos estados da região Amazônica para verificar o andamento das ações e prestar orientação aos gestores locais de saúde. A pasta também promove o projeto Apoiadores Municipais para o Controle da Malária, por meio de uma cooperação técnica entre o Programa Nacional de Prevenção e Controle de Malária e Fiocruz, que aloca profissionais com expertise no controle e prevenção da doença em municípios prioritários, com objetivo de fortalecer as ações locais, adaptando e aplicando as orientações nacionais ao nível local.
CASOS
No ano passado, foram notificados 193.876 casos (dados preliminares) em todo o país, uma redução de 57% nos últimos 10 anos. Em 2007, foram 458.666 casos. Em relação ao número de óbitos por malária, também houve uma queda expressiva, de 67,7%, passando de 93 em 2007 para 30 em 2017. Em 2016, foi registrado o menor número de casos dos últimos 37 anos (129.248).
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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