DSEI Altamira promove capacitação em AIDPI para médicos e enfermeiros

O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Altamira promoveu, entre os dias 18 e 23/09, uma capacitação para médicos e enfermeiros que atuam nas aldeias indígenas sobre Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI). A ação integra o Projeto Básico Ambiental- Componente Indígena (PBA-CI), assumido pela Norte Energia S/A, para mitigar os impactos dos empreendimentos da empresa em Terras Indígenas. A próxima oficina está prevista para o mês de dezembro.

“Com esta capacitação, vamos sistematizar o processo de atendimento às crianças indígenas menores de cinco anos, por meio dos protocolos preconizados pela estratégia AIDPI. Com isso, esperamos reduzir as doenças por causas evitáveis, bem como a taxa de mortalidade infantil”, explica a Responsável Técnica em Educação Permanente do DSEI Altamira, Tayane Martins.

De acordo com ela, a principal vantagem da estratégia AIDPI é a intervenção imediata, para que não se agrave a situação de saúde das crianças indígenas. “Intervindo rápido e da forma correta, como preveem os protocolos, a assistência será resolutiva e eficaz”, complementa Tayane.

Entre as principais morbidades que acometem crianças indígenas da região estão as Doenças Diarreicas Agudas (DDA), provocadas, sobretudo, pelo consumo de água imprópria, captada diretamente dos rios, e as Síndromes Respiratórias Agudas (SRA).

AIDPI

A Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI) é considerada a principal intervenção disponível para melhorar as condições de saúde na infância nos países em desenvolvimento. Também representa um instrumento útil para a detecção precoce e tratamento efetivo das principais doenças que afetam a saúde das crianças menores de cinco anos de idade, além de contribuir para melhorar os conhecimentos e as práticas das famílias, para a prevenção de doenças e para a promoção de saúde.

Anualmente, cerca de 500.000 crianças morrem na região das Américas antes de completarem cinco anos de idade. Uma em cada cinco dessas mortes é decorrente de doenças infecciosas e transtorno nutricional. A maioria dessas mortes poderia ser evitada, se medidas de prevenção ou tratamento fossem aplicadas precocemente.

_{Por Felipe Nabuco}