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Saúde Indígena
SESAI capacita médicos e enfermeiros na estratégia AIDPI
Médicos e enfermeiros de 24 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), incluindo os DSEI prioritários a Agenda Integrada de Saúde da Criança Indígena, começaram nesta segunda-feira (23/10), em Recife, o curso de formação de multiplicadores na estratégia de Atenção Integrada das Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI), cuja programação se estende até o sábado (28/10). Estes profissionais, terão a incumbência de serem multiplicadores da metodologia em seus territórios. O curso é oferecido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), uma referência no país em saúde da criança.
“A estratégia AIDPI é considerada prioritária para a redução da mortalidade infantil no âmbito da Saúde Indígena e, para isso, é preciso qualificar e sensibilizar os profissionais de saúde, especialmente nas áreas com índices de mortalidade infantil mais altos”, defende o diretor de Atenção à Saúde Indígena, Flávio Gomes Junior.
“Esta estratégia é fundamental sobretudo para as crianças indígenas, que têm duas vezes mais chances de morrer antes de completar um ano de vida e na maioria das vezes por causas evitáveis, como pneumonias, diarreias e desnutrição, agravos que são foco da AIDPI”, avalia a pediatra Lucia Rodrigues, facilitadora do curso, comemorando o fato de, com a formação deste grupo, passa a haver multiplicadores da estratégia em todos os 34 DSEIs.
A AIDPI tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância. Trata-se de uma nova abordagem da atenção à saúde na infância, desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional, que busca abordar cada doença isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto em que ela está inserida.
No Brasil, a estratégia AIDPI foi adaptada às características epidemiológicas da criança e às normas nacionais. As condutas preconizadas pela AIDPI incorporam todas as normas do Ministério da Saúde relativas à promoção, prevenção e tratamento dos problemas infantis mais frequentes, como aqueles relacionados ao aleitamento materno, promoção de alimentação saudável, crescimento e desenvolvimento, imunização, assim como o controle dos agravos à saúde tais como: desnutrição, doenças diarreicas, infecções respiratórias agudas e malária, entre outros. A operacionalização dessa estratégia vem sendo efetivada principalmente pelas equipes que atuam na atenção básica de saúde e capilarizada em todo o território nacional.
Por: Beth Almeida – Nucom/SESAI
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