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Saúde Indígena
Sesai promove oficina de qualificação para eliminação do tracoma e hanseníase
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) deu início, nesta segunda-feira (27), à ‘Oficina de qualificação e planejamento das ações para eliminação do tracoma e hanseníase como problema de saúde pública em área indígena: região Norte’. O encontro é direcionado aos responsáveis técnicos dos 19 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) existentes na região Norte do Brasil que atuam diretamente no combate a doenças em eliminação nas aldeias indígenas. O evento acontece em Manaus (AM) e segue até a próxima sexta-feira (1º/12).
A oficina tem como objetivo estabelecer um plano de trabalho junto aos representantes de cada DSEI, de modo a qualificar as ações de vigilância e reduzir a carga de hanseníase nas comunidades indígenas e eliminar o tracoma como problema de saúde pública.
“Com o encontro, esperamos qualificar a atuação dos nossos profissionais para o trabalho de área. Além disso, o encontro vai possibilitar a troca de experiências sobre ações estratégicas realizadas nos diferentes DSEIs”, explica Wania Bertanha, responsável técnica da área de Doenças em Eliminação na SESAI.
De acordo com ela, outro resultado aguardado com a realização da oficina diz respeito à sistematização do fluxo de informações dos DSEIs para o abastecimento dos sistemas de Informação de Agravos de Notificação e o de Informações de Atenção à Saúde Indígena (SINAN e SIASI). “Precisamos qualificar estas informações e acabar com as subnotificações, para, a partir daí, trabalharmos com um planejamento mais estratégico”, complementa Wania.
SOLENIDADE - Durante a abertura solene do evento, o responsável técnico pelos programas de eliminação da Malária e do Tracoma no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Manaus, João Bosco, destacou a importância do trabalho integrado entre diferentes entes federados para o sucesso das ações de saúde. “A saúde indígena não está isolada do SUS. Ao contrário, ela é parte dele. Não podemos trabalhar isolados para eliminar estas doenças, mas sim em apoio mútuo”, disse.
A importância do trabalho integrado também foi ressaltada pelo representante da Fundação Vigilância em Saúde (FVS/AM), Alfredo de Aguiar. “Acredito que nossa principal tarefa aqui é integrar os diferentes sistemas de informação, sobretudo os que abrangem área indígena, focalizando essas três doenças: tracoma, hanseníase e geo-helmintíases”.
OFICINA - A última vez que a SESAI reuniu os RTs da área de doenças em eliminação para debater ações integradas de eliminação do tracoma e hanseníase foi em 2013. Naquela ocasião, participaram do encontro representantes dos DSEIs Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Médio Rio Solimões e Afluentes, Vale do Javari, Tocantins, Leste de Roraima, Yanomami, Porto Velho, Vilhena e Minas Gerais/Espírito Santo.
“O objetivo daquele encontro também foi planejar e qualificar as ações para eliminação da hanseníase e do tracoma, porém não foi realizada nenhuma capacitação naquele momento”, explica Wania.
Ela explica que a capacitação deste ano está sendo realizada em Manaus (AM) por ser um ponto estratégico para reunir os profissionais da região Norte. O próximo encontro está previsto para acontecer no primeiro semestre de 2018, em local ainda a ser definido, e deve contar com a participação dos responsáveis técnicos dos DSEIs da região Nordeste, Centro- Oeste, Sul e Sudeste.
“Neste momento, a oficina está sendo direcionada aos DSEIs da região Norte, sobretudo pela alta prevalência de tracoma detectada em algumas regiões do Amazonas, tal como no Alto Rio Negro, e pela prevalência de casos novos de hanseníase”, complementa Wania Bertanha.
Participam da oficina os responsáveis técnicos da área de Doenças em Eliminação dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas DSEI Alto Rio Negro, Alto Rio Solimões, Manaus, Médio Rio Solimões e Afluentes, Parintins, Médio Rio Purus, Vale do Javari, Alto Rio Juruá, Alto Rio Purus, Amapá e Norte do Pará, Altamira, Rio Tapajós, Kayapó do Pará, Guamá-Tocantins, Tocantins, Leste de Roraima, Yanomami, Porto Velho e Vilhena; e responsáveis técnicos das Doenças em Eliminação da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, Fundação Alfredo da Mata/FUAM/AM, Instituto Evandro Chagas/IEC/PA, Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas, Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo e Secretaria Estadual de Saúde de Tocantins.
Por Felipe Nabuco, do NUCOM Sesai
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