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Rio de Janeiro terá quatro aceleradores lineares para atendimento em radioterapia
Obras para instalação do equipamento nos hospitais do Andaraí, São José e Universitário Severino Sombra serão iniciadas no primeiro semestre de 2018. A do Inca terá início no segundo semestre
A população do estado do Rio de Janeiro será beneficiada com quatro aceleradores lineares, pertencentes ao Plano de Expansão da Radioterapia do Ministério da Saúde. As obras do bunker - espaço destinado para a instalação do aparelho – dos hospitais do Andaraí, São José e Universitário Severino Sombra devem ser iniciadas ainda no primeiro semestre de 2018. Já as do Hospital do Câncer (INCA), devem começar no segundo semestre. Ao todo, vão ser investidos cerca de R$ 17 milhões na compra dos equipamentos e construção dos locais adequados. Com os aparelhos, será ampliado o atendimento de radioterapia no estado, o que irá permitir um melhor tratamento oncológico aos pacientes.
Os projetos no estado do Rio de Janeiro serão executados dentro das atividades previstas do Plano de Expansão da Radioterapia, visto que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.
Desde que assumiu a gestão do Ministério da Saúde, o ministro Ricardo Barros, já entregou cinco aceleradores lineares pelo Plano de Expansão da Radioterapia, nas cidades de Campina Grande (PB), Maceió (AL), Feira de Santana (BA), Brasília (DF) e Curitiba (PR). “O programa vai ampliar o acesso da população a procedimentos oncológicos no SUS, além de trazer para o país o desenvolvimento industrial e o fortalecimento do parque tecnológico”, reforçou o ministro.
Ainda neste ano, estão programadas as entregas de outros equipamentos de radioterapia. Ao todo, cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 80 aceleradores lineares, além da realização de projetos e obras. Outros 20 ainda devem ser adquiridos, totalizando 100 aparelhos distribuídos em todas as regiões do país. Os novos equipamentos, que serão adquiridos, viabilizará uma economia de aproximadamente R$ 25 milhões em relação ao que era realizado por meio de convênios.
ASSISTÊNCIA – Nos últimos anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016, foram 10,45 milhões, um aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa ampliação também é resultado do investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de aceleradores lineares, por meio de convênios. Consequentemente, a pasta ampliou, em seis anos, 46% os recursos para tratamentos oncológicos (cirurgias, radioterapias e quimioterapias), passando de R$ 2,27 bilhões, em 2010, para R$ 3,33 bilhões, em 2016. Em 2017, até o momento, foram investidos R$ 672,8 milhões. Somados a esses valores, há ainda os recursos relacionados às ações de média complexidade, como consulta com especialista e realização de exames, além dos medicamentos oncológicos.
Por Victor Maciel, da Agência Saúde
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