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População do Mato Grosso do Sul tem até esta sexta-feira (26) para se vacinar contra a gripe
Balanço do Ministério da Saúde mostra que 427,3 mil pessoas foram vacinadas no estado. A vacina está disponível até o dia 26 de maio
A próxima sexta-feira (26) é o último dia para a população prioritária se vacinar contra a gripe. Desde o dia 17 de abril, a vacina está disponível nos postos de saúde de todo o país. Balanço do Ministério da Saúde indica que, até quarta-feira (24/05), apenas 427,3 mil brasileiros se vacinaram no estado do Mato Grosso do Sul. Esse total considera todos os grupos com indicação para a vacina, incluindo população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. O público-alvo da campanha no estado, que não considera esses grupos, é de 635,7 mil pessoas. Desse total, 57% foram vacinados.
Em todo o país, apenas 35,1 milhões de pessoas foram vacinadas, incluindo a população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. O público-alvo da campanha no país, que não considera esses grupos, é de 54,2 milhões de pessoas. Desse total, 63,6% foram vacinados.
A campanha termina na próxima sexta-feira (26) e a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% desse público. Para isso, a pasta adquiriu 60 milhões de doses da vacina, garantindo estoque suficiente para a vacinação em todo o país. A coordenadora Nacional do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, alerta sobre a importância do público-alvo se imunizar dentro do prazo de vacinação para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos. “É importante que a população que faz parte do público-alvo da campanha se vacine neste período para estarem protegidos quando o inverno chegar. A vacina contra a gripe demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de maior circulação dos vírus da influenza”, destacou Carla Domingues.
No estado do Mato Grosso do Sul, a adesão do público-alvo está em 53,1% entre as crianças; 59,2% trabalhadores de saúde; 47,8% gestantes; 63,2% puérperas; 57,7% indígenas; 64,4% idosos; e 43,2% entre os professores. Entre as regiões do país, o Sul apresentou o melhor desempenho em relação à cobertura vacinal contra a influenza, com 76,3%, seguida pelas regiões Centro-Oeste (63,7%), Nordeste (62,3%), Sudeste (61%); e Norte (58,1%).
A vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano.
Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.
SEGURANÇA - A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
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