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Ministro da Saúde discute acesso da população à saúde pública
Em viagem a SP, Ricardo Barros também apresentou balanço de um ano de gestão à frente da pasta, durante reunião do Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e da Biotecnologia da Fiesp
O ministro Ricardo Barros participou, nesta segunda-feira (29), do encerramento do 2º Congresso Jurídico da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), que teve como tema a “Revisão dos Preceitos Jurídicos no Brasil”. No evento, os principais nomes ligados às áreas política e jurídica do País discutiram legislação, implicações para a saúde suplementar e segurança dos pacientes.
O ministro Ricardo Barros discutiu a acessibilidade da população à saúde pública. “Sou franco, claro e aberto sobre as mudanças necessárias para melhorar o atendimento do Sistema Único de Saúde aos brasileiros. É muito bom ter um espaço que permite troca de ideias para elaborar um melhor caminho para ampliar o acesso dos brasileiros à saúde”, afirmou o ministro. Atualmente, 150 milhões de brasileiros dependem exclusivamente do SUS para o atendimento. Em 2016, o gasto público representou 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, R$ 247 bilhões.
Durante a apresentação, o ministro destacou que, em sete anos, o Ministério da Saúde gastou R$ 4,5 bilhões para atender a determinações judiciais para a compra de medicamentos, equipamentos, dietas, suplementos alimentares, gastos com cirurgias, internações e depósitos judiciais, um incremento de 1010% entre 2010 e 2016. Em 2016, a cifra chegou a R$ 1,3 bilhão, sendo que a compra dos dez medicamentos mais caros para atender a demandas judiciais custou ao Ministério da Saúde quase R$ 1,1 bilhão, o que representou 90% dos gastos totais dos 790 itens comprados em 2016.
BALANÇO DE GESTÃO - Na manhã desta segunda-feira, o ministro também apresentou o balanço de um ano de sua gestão à frente do Ministério da Saúde ao Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia (ComSaude) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Com a adoção de medidas para tornar a administração mais eficiente, foi possível realocar, em um ano, R$ 3,2 bilhões para o custeio de mais serviços do SUS. Isso representou para o cidadão a ampliação do atendimento nos hospitais, do acesso a equipamentos, medicamentos, vacinas e renovação da frota de ambulâncias. “É uma ação que permitiu que todos os recursos fossem reinvestidos na saúde dos brasileiros. Em mais serviços de saúde, credenciamento de serviços de urgência e emergência, rede cegonha, atendimento de radioterapia e também ao acesso de medicamentos. Nosso foco é simplificar a oferta de recursos e ter informações de como foi aplicado o dinheiro.”, declarou Ricardo Barros.
Foram habilitados 5.959 serviços de saúde em todo o Brasil. São serviços novos ou que já funcionavam, mas que não contavam com a contrapartida do governo federal, como leitos de UTI e Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A medida beneficia 1.122 municípios distribuídos nas 27 Unidades Federativas. No mesmo período, também foi possível renovar a frota das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em 19 estados brasileiros, reforçando e qualificando o atendimento à população. Ao todo, foram investidos R$ 53,8 milhões para aquisição de 340 unidades móveis, que substituíram os veículos que estavam há mais de cinco anos em funcionamento e sem renovação. Ainda na área de urgência e emergência, foram entregues 126 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), com custeio anual na ordem de R$ 231,6 milhões.
Por Gabriela Rocha, da Agência Saúde
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