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Paraná recebe equipamento do Plano de Expansão da Radioterapia
A população de Curitiba (PR) e região recebe o terceiro acelerador linear do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). A estrutura onde está instalado o novo aparelho foi inaugurada nesta segunda-feira (12), pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, no Hospital Erasto Gaertner. O acelerador, que é utilizado no tratamento de vários tipos de câncer, possibilitará aumentar em 30% o número de atendimentos por mês em 399 municípios da região.
O Ministério da Saúde investiu R$ 4,45 milhões na compra do equipamento e construção do bunker (espaço destinado para instalação do aparelho). Os outros dois aparelhos, em funcionamento, foram entregues no Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande (PB), e no Hospital Dom Pedro de Alcântara de Feira de Santana (BA).
Após a inauguração em Curitiba estão programadas as entregas de outros 77 equipamentos em 23 estados do país. Ao todo, cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 80 aceleradores lineares, além da realização de projetos e obras.
“Esta é uma ação do Programa de Expansão da Radioterapia no SUS. Inclusive, beneficiando cidades como Guarapuava e Ponta Grossa que não têm equipamento, e agora passarão a oferecer o serviço mais próximo da população. Serão 100 equipamentos para todo o Brasil, já entregamos para Campina Grande, Feira de Santana, agora Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Entregaremos mais 20 aceleradores lineares este ano, avançando no tratamento do câncer no Brasil”, reforçou o ministro da Saúde, Ricardo Barros, durante o evento.
O Ministério da Saúde estuda a aquisição de outros 20 equipamentos por meio de aditivo ao contrato firmado em 2014 para a compra dos 80 aparelhos. Serão priorizados novos serviços, desconcentrando a oferta. Antes, a prioridade era a ampliação de serviços, em geral, nos grandes centros urbanos, mantendo o atendimento longe de parte da população. Os novos equipamentos que serão adquiridos viabilizará uma economia de aproximadamente R$ 25 milhões em relação ao que era realizado por meio de convênios.
Os projetos estão em andamento e serão executados dentro das atividades previstas do plano. Cabe ressaltar que os aceleradores lineares são equipamentos de altíssima complexidade tecnológica e não podem ser instalados sem os devidos cuidados com a proteção radiológica. As instalações exigem espaço físico com características peculiares e distintas das construções tradicionais de estabelecimentos e unidades de saúde, uma vez que envolve, por exemplo, sistemas de climatização específicos, refrigeração da água, sistema elétrico diferenciado e maior espessura das paredes.
ASSISTÊNCIA – Nos últimos anos, observou-se uma crescente oferta da radioterapia no país. Em 2010, foram realizados 8,3 milhões procedimentos de radioterapia. Em 2016 realizou-se 10,45 milhões, um aumento de 25,9%. Vale ressaltar que essa ampliação também é resultado do investimento realizado pelo Ministério da Saúde na compra de aceleradores lineares por meio de convênios. Consequentemente, a pasta ampliou em 48,6% os recursos para tratamento oncológicos (radioterapias, quimioterapias e cirurgias oncológicas), passando de R$ 2,06 bilhões em 2010 para R$ 3,07 bilhões em 2016. No de 2016, foram realizados 13,7 milhões de procedimentos.
FÁBRICA – O Ministério da Saúde e a Varian Medical Systems iniciaram em março de 2016, em Jundiaí (SP), a construção da primeira fábrica de aceleradores lineares da América Latina. A construção, finalização e operação da indústria é resultado do acordo de compensação tecnológica, promovido pelo Ministério para maior independência do mercado externo e expansão do tratamento de radioterapia no país. O Centro de Treinamento da Fábrica passará a operacionalizar em 2018.
A fábrica promoverá um maior acesso aos aceleradores lineares ampliando a qualidade do tratamento do câncer e radioterapia no Brasil. Isso porque atualmente, tanto os aparelhos, aceleradores lineares, como suas peças e softwares utilizados na programação das sessões de radioterapia no país são importados. Isso interfere diretamente nos custos e preços, que sofrem constantemente com flutuações cambiais e tornam o Brasil totalmente dependente do mercado externo.
Por Rebeca Valois, da Agência Saúde
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