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Nísia Trindade Lima será a nova presidente da Fiocruz
Primeira mulher a presidir a Fundação, ela faz parte do quadro da instituição, onde vem exercendo atividades como pesquisadora, professora e gestora, desde 1987
A pesquisadora Nísia Trindade Lima foi escolhida pelo presidente da República, Michel Temer, como a nova presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na gestão de 2017-2020. Nísia é a primeira mulher a presidir a Fiocruz, tendo sua nomeação baseada em uma lista tríplice apresentada pelo Conselho Deliberativo da entidade ao Ministério da Saúde.
Bacharel em Ciência Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (EURJ) e com mestrado em ciência política e doutorado em sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, IUPERJ, ela faz parte do quadro de pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) desde 1987.
O Ministério da Saúde, Ricardo Barros, entende que a escolha foi fruto de união, onde todos tiveram participação na busca dos objetivos da Fiocruz, instituição referência em pesquisas em saúde pública na América Latina. “Houve uma conciliação de interesses, de união em torno dos objetivos que estão propostos pela Fiocruz. Dentro desse quadro, de diálogo e de articulação do Ministério e Fiocruz, o Presidente Michel Temer entendeu que essa era a solução mais adequada e mais efetiva para as mudanças que precisamos na Fiocruz”, observou o ministro.
Entre 1989 e 1991, Nísia Trindade foi chefe do departamento de pesquisa da COC (1989-1991), vice-diretora, entre 1992 e 1994, e foi diretora da unidade entre os anos de 1998 e 2005. Em sua gestão, o COC criou o Programa de Pós-graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) em 2000, com primeira turma de mestrado e doutorado em 2001.
Desde 2011, ela é vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz e diretora da Editora Fiocruz. Nísia Trindade também é professora adjunta de sociologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Participa dos conselhos editoriais dos periódicos - Revista da Sociedade Brasileira de História da Ciência; História, Ciências, Saúde-Manguinhos; Caderno de História da Ciência-Instituto Butantan e Escritos da Fundação Casa de Rui Barbosa
Durante o processo democrático de escolha do novo presidente da Fiocruz, a pesquisadora elencou 10 compromissos que ela considera centrais para o avanço da instituição, com destaques para defesa do direito universal à saúde: compromisso com o SUS; promoção da ciência, da tecnologia e da inovação em benefício da sociedade; valorização dos trabalhadores e promoção das relações de trabalho inclusivas e com respeito à diversidade; e promoção a qualidade e a integração na atenção, na vigilância e na promoção à saúde.
A Fiocruz é reconhecidamente uma importante instituição de pesquisa, além da produtora de medicamentos e vacinas para o Sistema Único de Saúde. A fundação desenvolve produtos biológicos e medicamentos e conta com 16 entidades vinculadas, para atividades de pesquisa, ensino, assistência, informação e produção.
Por Carlos Américo, da Agência Saúde
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