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Ministério da Saúde atualiza casos de febre amarela
Quatro estados (Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo) e o Distrito Federal investigam casos suspeitos da doença
O Ministério da Saúde registrou, nesta segunda-feira (23), 421 casos suspeitos de febre amarela, sendo 87 mortes em quatro estados e o Distrito Federal. Do total, 358 permanecem em investigação, 62 foram confirmados e um descartado. Das 87 mortes notificadas, 34 foram confirmadas e 53 permanecem em investigação. Os casos foram registrados em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Distrito Federal.
Minas Gerais é o estado com o maior número de registros até o momento. Foram 391 casos suspeitos em 39 municípios, com 58 já confirmados. Do total de confirmados, 31 evoluíram para óbitos. Outras 52 mortes continuam em investigação, totalizando 83 óbitos notificados. Para auxiliar na intensificação da imunização em Minas Gerais, o Ministério da Saúde já enviou ao estado 2,4 milhões de doses extras contra febre amarela.
O Espírito Santo notificou 19 casos em 12 municípios, sendo um óbito. Dos 19 registros, apenas um caso foi confirmado, que não evoluiu para óbito. Os outros 18 permanecem em investigação. Em janeiro, o Ministério da Saúde encaminhou 905 mil doses extras para o estado realizar a vacinação em municípios que estão na divisa com o estado de Minas Gerais e têm área de mata contínua.
A Bahia notificou sete casos da febre amarela, sendo que seis permanecem em investigação e um foi descartado. Não há registro de mortes. Os casos foram notificados em três municípios. O Ministério da Saúde enviou ao estado 400 mil doses extras para vacinação preventiva da população na área recomendada.
O estado de São Paulo confirmou três mortes por febre amarela, em três municípios paulistas. Para intensificar a vacinação nas áreas de recomendação do estado de SP, o Ministério da Saúde enviou, na semana passada, 400 mil doses da vacina. Além disso, já haviam sido distribuídas 88,3 mil doses para a vacinação de rotina. Parte do estado de São Paulo faz parte da Área de Recomendação de Vacina. O Distrito Federal tem um caso em investigação, que não evoluiu para óbito. O DF recebeu 42 mil doses extras de vacina contra febre amarela.
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Saiba quem deve se vacinar contra a febre amarela
O Ministério da Saúde distribuiu, no mês de janeiro, 650 mil doses da vacina de febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. Além das doses de rotina, foram enviadas, neste ano, um total de 4,6 milhões de doses extras para implementar as estratégias de vacina aos quatro estados com registros da doença e ao Distrito Federal. O estoque disponível no Ministério da Saúde é suficiente para atender a demanda do momento.
HISTÓRICO – Em 2016, foram confirmados sete casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (2), sendo que cinco deles evoluíram para óbito. Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti) foram registrados em 1942, no Acre.
O Ministério da Saúde adota o esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.
É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
(61) 3315.3580