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Saúde Indígena
Indígenas em áreas de risco de febre amarela, em MG, não foram afetados
É de 100% a cobertura vacinal entre os indígenas com mais de 9 meses que vivem nas áreas de risco Diante do surto de febre amarela em Minas Gerais, equipes técnicas do Distrito Sanitário Especial Indígena Minas Gerais/Espírito Santo (DSEI MG/ES) realizaram levantamento da situação vacinal dos indígenas das etnias Maxakali, da região de Teófilo Otoni e Ladainha, e Mcuriñ, em Campanário. Mesmo tendo constatado uma cobertura vacinal de 100% dos indígenas com mais de 9 meses de idade, os profissionais do DSEI vão continuar realizando levantamentos de possíveis esquemas vacinais atrasados, tendo em vista a vulnerabilidade destas populações e a frequente migração dos indígenas entre as aldeias.
As equipes estarão, a partir deste mês, em área indígena antecipando a vacinação contra Febre Amarela nas crianças com mais de seis meses de idade (1ª dose) e para os maiores de cinco anos que tenham a segunda dose de imunização prevista para 2017 e 2018. Segundo a secretaria estadual de saúde, o estado de Minas Gerais conta com 250 mil doses em estoque. A vacina é altamente eficaz e segura para o uso. O vírus da febre amarela se mantém naturalmente num ciclo silvestre de transmissão, que envolve primatas não humanos (hospedeiros animais) e mosquitos silvestres. O Ministério da Saúde realiza a vigilância de epizootias (epidemias entre animais) desde 1999, com o objetivo de antecipar a ocorrência da doença. Assim, é possível fazer a intervenção oportuna para evitar casos humanos, por meio da vacinação das pessoas e também evitar a urbanização da doença por meio do controle de vetores nas cidades.
Por Tiago Pegon