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Ministério da Saúde atualiza casos suspeitos de febre amarela
Até esta terça-feira (17) foram notificados 184 casos suspeitos em 29 municípios de Minas Gerais
O Ministério da Saúde informa que a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) atualizou, nesta terça-feira (17), casos suspeitos de Febre Amarela silvestre no estado. Até o momento, existem 37 casos prováveis da doença, sendo 22 óbitos prováveis. No total, são 184 casos suspeitos notificados e 47 mortes suspeitas da doença em 29 municípios.
Nesta terça-feira (17), uma terceira equipe do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS) chegou no estado de Minas Gerais para auxiliar nas investigações dos casos. As equipes estão atuando presencialmente nas localidades com relato de casos de febre amarela e estabelecendo medidas de controle. A investigação está sendo conduzida, em conjunto, pelo Ministério da Saúde, estado de Minas Gerais e municípios envolvidos.
Confira: Perguntas e respostas sobre a Febre Amarela
Os municípios com ocorrência de casos suspeitos de febre amarela (Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema, Inhapim, São Domingos das Dores, São Sebastião do Maranhão, Itambacuri, Poté, Setubinha, Água Boa, São Pedro do Suaçuí, Simonésia, Teófilo Otoni, Ipatinga, Alpercata, Itanhomi, Santa Rita do Itueto, Alvarenga, Conceição de Ipanema, Manhuaçu, Mutum, Santana do Manhuaçu e Novo Cruzeiro) já fazem parte da área de recomendação para vacinação, assim como todo o estado de Minas Gerais.
A vacinação imediata contra febre amarela deve ser, preferencialmente, a pessoas que vivem em áreas rurais dos municípios com casos suspeitos e a pessoas que nunca se imunizaram contra a doença.
MEDIDAS PREVENTIVAS DO ESPÍRITO SANTO – O Ministério da Saúde informa que está apoiando a medida preventiva da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (SES/ES) de vacinar a população de 26 municípios próximos ao estado de Minas Gerais. Não há casos confirmados de humanos ou macacos infectados pela febre amarela no Estado. Para as ações, o Ministério da Saúde está encaminhando 500 mil doses da vacina, conforme solicitação do estado.
Nesta terça-feira (17), o estado notificou o Ministério da Saúde sobre a existência de quatro casos suspeitos de febre amarela silvestre. Os casos são de pessoas que residem em área rural. Para auxiliar o estado e municípios nas investigações de casos suspeitos de febre amarela, o Ministério da Saúde vai enviar, ainda nesta semana, técnicos do Programa Nacional de Imunização e Coordenação-Geral das Doenças Transmissíveis. Além de ajudar na investigação, os técnicos vão trabalhar no estabelecimento de medidas de controle.
O Ministério da Saúde reforça que o estado do Espírito Santo não é considerado área de risco, portanto continua sem recomendação de vacinação contra a febre amarela. A medida de precaução foi adotada pelo estado em função da proximidade com as cidades de Minas Gerais onde estão sendo investigados casos da doença, além do fato da região ser formada por uma mata contínua, sem barreiras com o estado. Para o restante do estado, a recomendação de vacinação continua a mesma: apenas pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, devem se imunizar.
Os 26 municípios que passarão a vacinar a população no estado do Espírito Santo são: Água Doce do Norte, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Brejetuba, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Mantenópolis, Montanha, Mucurici, Pancas, Afonso Cláudio, Ecoporanga, Colatina, Itaguaçu, Governador Lindenberg, Conceição do Castelo, Venda Nova do Imigrante, São Roque do Canaã e São Gabriel da Palha.
VACINAÇÃO – Em 2015, foram registrados nove casos de febre amarela silvestre em todo o Brasil, seis em Goiás, dois no Pará e um no Mato Grosso do Sul, com cinco óbitos. Em 2016, foram confirmados sete casos da doença, nos estados de Goiás (3), São Paulo (2) e Amazonas (2), sendo que cinco deles evoluíram para óbito. Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre. Os últimos casos de febre amarela urbana (transmitida pelo Aedes aegypti ) foram registrados em 1942, no Acre.
Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população nas situações recomendadas. O Ministério da Saúde distribuiu, no mês de janeiro, 650 mil doses da vacina contra febre amarela para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. Além disso, foram enviadas 1,6 milhão de doses extras para o estado de Minas Gerais e 500 mil doses para o Espírito Santo. Essa distribuição ocorre devido à decisão dessas unidades da federação de intensificar a imunização em áreas de recomendação, devido aos casos suspeitos registrados na região.
A Organização Mundial da Saúde considera que apenas uma dose da vacina já é suficiente para a proteção por toda a vida. No entanto, como medida adicional de proteção, o Ministério da Saúde definiu a manutenção do esquema de duas doses da vacina Febre Amarela no Calendário Nacional, sendo uma dose aos noves meses de idade e um reforço aos quatro anos.
A recomendação de vacinação para o restante do país continua a mesma: toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro dessas áreas, deve se imunizar. Os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro estão fora da área de recomendação para a vacina.
É importante informar que a vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e é enviada, mensalmente, para todo o país. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses . A vacina é altamente eficaz e segura para o uso, a partir dos nove meses de idade, em residentes e viajantes a áreas endêmicas ou, a partir de seis meses de idade, em situações de surto da doença.
Orientações para a vacinação contra febre amarela para residentes em área com recomendação da vacina ou viajantes para essa área.
Por Amanda Mendes, da Agência Saúde
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