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Ministério da Saúde e governo do DF promovem mobilização de combate ao mosquito
A ação “Volta às aulas sem mosquito” envolve estudantes, professores e comunidade no combate ao Aedes aegypti. As atividades continuarão em desenvolvimento durante todo ano letivo
Como parte das ações de enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, o Governo Federal, em parceria com o Distrito Federal, promove nesta quarta-feira (22) a ação “Volta às Aulas sem Mosquito”. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeílson Cavalcante, e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg visitaram a Escola Classe 15, em Ceilândia (DF), para incentivar toda a comunidade na mobilização pelo combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
A unidade escolar é um exemplo no incentivo às ações de controle do vetor. Em 2016, mais de 40 professores e 450 alunos iniciaram o projeto “Saneamento nas escolas: Nós fazemos”, que inclui diversas atividades relacionadas ao combate ao mosquito na região. Foram realizadas passeatas, campanhas educativas e vistorias para identificação de focos do mosquito, com a participação de estudantes, professores e familiares. As atividades continuarão em desenvolvimento durante o ano letivo de 2017.
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Adeílson Cavalcante, esse tipo de iniciativa é fundamental para o sucesso no enfrentamento ao mosquito Aedes aeypti. “Esse exemplo mostra a capacidade de mobilização quando você une a Saúde, Educação e as outras áreas do governo num único objetivo, que é evitar a transmissão da dengue, Zika e chikungunya. Mesmo com a grande redução no registro dessas doenças no início deste ano, nós não podemos diminuir o trabalho. Precisamos manter a conscientização e as mobilizações nas casas, prédios públicos, escolas, unidades de saúde, entre outros. Ou seja, esse é um trabalho conjunto e precisamos que toda a população ajude a combater o mosquito”, destacou o secretário.
O objetivo da ação é aproveitar o período de volta às aulas para incluir as comunidades escolares nas ações de combate e prevenção em uma ação continuada. A ideia é que, a partir da informação que se recebe na escola, toda a sociedade seja orientada sobre como agir para enfrentar o Aedes aegypti. Desde o segundo semestre de 2015, com o decreto de emergência em saúde pública devido à circulação do vírus Zika e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo vem intensificando as ações educativas e informativas entre a população, inclusive no ambiente escolar.
Durante o evento, o governador Rodrigo Rollembrg destacou a importância das ações de combate ao mosquito junto às escolas do Distrito Federal. “Só temos um caminho a trilhar, que é eliminar os focos do mosquito. Essa é a maneira mais eficiente de prevenção e combate a esse vetor. É muito importante que alunos, professores e pais adotem essa ideia. Precisamos de toda a comunidade escolar mobilizada para enfrentar essa situação de forma permanente”, reforçou o governador.
CAMPANHA – A campanha de conscientização para o combate ao mosquito do Ministério da Saúde chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, Zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que está sendo veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor). A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.
Além disso, desde o ano passado, o Ministério da Saúde propõe a “sexta-feira sem mosquito”, uma mobilização de toda a população para combater os focos do Aedes aegypti, eliminando todos os lugares que possam servir como criadouro para larvas.
“É importante criar o hábito de toda sexta-feira fazer uma vistoria no seu imóvel e nas redondezas, o que pode incluir também o local de trabalho. Se cada cidadão fizer a sua parte, evitando água parada e descoberta em locais que possam servir de criadouros, juntos estaremos realizando um grande mutirão semanal de limpeza em todo o país”, afirma o ministro Ricardo Barros.
CONTROLE NACIONAL - Em 2015, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e 2.029 Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de outras oito pastas federais.
Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.
REDUÇÃO DE CASOS – Todas as ações realizadas pelo Governo Federal em parceria com estados e municípios resultaram na queda expressiva nos casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Em 2017, até 28 de janeiro, foram notificados 21.174 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 90% em relação ao mesmo período de 2016 (212.510). No Distrito Federal, os casos prováveis da doença passaram de 2.191 em 2016 para 125 em 2017.
Em relação à chikungunya, a redução do número de casos foi de 75%. Até 28 de janeiro, foram registrados 3.754 casos da febre, o que representa uma taxa de incidência de 1,8 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 15.420 casos neste mesmo período. O Distrito Federal também apresentou redução no número de casos. Neste ano, foram notificados 7 casos, contra 40 no mesmo período do ano anterior.
Também até 28 de janeiro, o Ministério da Saúde registrou 316 casos de Zika em todo o país. Uma redução de 98% em relação a 2016 (30.683 casos). A incidência passou de 15,0 em 2016 para 0,2 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento. Em relação às gestantes, foram registrados 69 casos prováveis. No Distrito Federal, houve dois casos de infecção pelo Zika, contra 25 no mesmo período de 2016.
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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