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Ministério da Saúde começa mutirão de cirurgias no Rio de Janeiro
O Ministério da Saúde está reunindo todos os seus seis hospitais federais do Rio de Janeiro em um mutirão de cirurgias, consultas e exames pré-cirúrgicos para ajudar a desafogar as filas de maior demanda do sistema municipal de regulação, o Sisreg. A operação conjunta com a Secretaria Municipal de Saúde começa nesta quarta-feira (1º/02).
O mutirão dura 90 dias e ocorre de segundas a sextas-feiras. Nesse período, os hospitais federais do Andaraí, Ipanema, Lagoa, Bonsucesso, Cardoso Fontes e dos Servidores do Estado deverão realizar 5.460 cirurgias e consultas de pacientes. Serão 3.160 cirurgias de média e alta complexidade, que atualmente só são realizadas em escala maior nos hospitais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, nas seguintes áreas: pediátrica, oftalmológica de catarata, de hérnia, de vesícula, além de procedimentos cirúrgicos de dermatologia (como biopsias). Somente de catarata serão 1.400 cirurgias.
O mutirão organizado pelo Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde (DGH) prevê 2.300 consultas nas áreas de: urologia (com exames de próstata), oftalmológica geral e para glaucoma, e dermatológica. As consultas são necessárias para o encaminhamento de pacientes para exames complexos e para cirurgias. Segundo o diretor do DGH, Jair Veiga, os hospitais irão funcionar com as mesmas equipes médicas e de enfermagem, mas nesse período de três meses priorizam a redução das filas cirúrgicas mais estranguladas do município.
“Nossas equipes médicas e de enfermagem atenderam a esse chamado e irão estender o horário para realizar mais cirurgias, em detrimentos de outras funções, como consultas que não sejam as pré-cirúrgicas, por exemplo”, explica. “Nossos hospitais federais vão atuar com força máxima para ajudar a zerar as filas de catarata, hérnia e vesícula. São unidades com o perfil necessário para absorver os problemas de saúde mais complexos e, por isso, não deixaremos de atender logicamente a população de outros municípios, como os da Baixada Fluminense, que tem procurado cada vez mais a rede federal”, ressalta Veiga.
ALTA COMPLEXIDADE – A ação será monitorada em tempo integral, porque visa a abertura de vagas e consequente recebimento de novos pacientes, inclusive dos outros locais do estado do Rio de Janeiro, como da Baixada Fluminense, região que é uma das principais demandadoras de atendimentos de média e alta complexidade (como hospitalizações, tratamentos de câncer e hemodiálise, por exemplo) da rede federal.
Os seis hospitais federais recebem via regulação casos como o de Layara da Silva Ferreira, três anos, de Angra dos Reis, submetida na última quarta-feira (25/01) a cirurgia de catarata nos dois olhos no Hospital Federal da Lagoa. Vítima de catarata branca, que a deixou subitamente sem enxergar nada, a criança começou a ter os sintomas da doença percebidos pela família e pela creche que frequentava em novembro do ano passado. “Ela queria ir ao shopping ver o Papai Noel, mas não podia e me partiu o coração ter de negar e fazer entender. Mas quando voltar para casa ela vai poder ver afinal os presentes que ganhou de natal!”, contou, exultante, a mãe, a diarista Josilene, 33.
AUMENTO DOS ATENDIMENTOS – A rede de hospitais federais realizou 14% a mais de atendimentos de emergência em 2016 do que no ano anterior, chegando a 106.884 atendimentos desse tipo. As cirurgias aumentaram 9% – de 41,6 mil passaram para 45,3 mil. Também ocorreram 1,8 mil internações a mais do que em 2015, chegando a 48,7 mil, e houve 759,5 mil consultas ambulatoriais.
Atualmente, 67% dos pacientes dos hospitais federais são oriundos do sistema municipal de regulação e 33% provêm do sistema estadual de regulação, o SER.
Por Ascom/MS/RJ
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