Notícias
Comitivas de Romênia e Taiwan conhecem técnica inovadora no Hospital Federal do Andaraí
O Hospital Federal do Andaraí (HFA), unidade do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, aplica em todos os pacientes do SUS uma inovação nas cirurgias pós-bariátricas que atrai cada vez mais a atenção de especialistas estrangeiros. A técnica, desenvolvida pelo chefe do serviço de cirurgia plástica do HFA, Carlos Del Piño Roxo, já foi apresentada em conferências aos mais renomados cirurgiões do mundo. Desde a última semana, especialistas de países como a Romênia e Taiwan estão desembarcando no hospital para conhecê-la.
No hospital, a cirurgia, que demorava em torno de 8 a 10 horas, passou a ter tempo médio de quatro horas, podendo ser feita junto a outras intervenções corretivas associadas. A equipe opera simultaneamente abdomen, costas, pernas e braços. Já a recuperação pós-cirúrgica, que demorava dois meses, também foi reduzida para um período de 10 a 15 dias. Segundo Roxo, a técnica tornou a cirurgia mais previsível, ou seja, reduziu a necessidade de transfusão sanguínea e a morbidade.
“Há hoje uma patologia no mundo, que não existia. O mal do mundo sempre foi a fome e hoje a gente tem a obesidade. E isso não quer dizer que a gente coma bem”, alerta Roxo. “Eu sempre digo que, se a cirurgia bariátrica devolve a saúde, a pós-bariátrica devolve a auto-estima e a dignidade. E nós temos uma missão, não só de cuidar do paciente, mas de multiplicar o conhecimento”.
O aperfeiçoamento da técnica chega como boa notícia ante os números de obesidade no país. Atualmente, os casos de excesso de peso e obesidade equivalem a 53,9% entre a população, conforme dados do Vigitel de 2015, divulgados pelo Ministério da Saúde no ano passado.
CURIOSIDADE ESTRANGEIRA – Estudantes de 26 países em quatro continentes já vieram ao Brasil para conhecer o procedimento, que é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Roxo explica que essas visitas internacionais permitem o refinamento dos detalhes das aulas e que essa troca de experiências com outros profissionais torna o procedimento cada vez mais padronizado e sofisticado.
“É algo diferente do que vemos em nosso país e queremos aprender com essas novas possibilidades, de como resolver problemas e usar a tecnologia em nosso favor”, conta a cirurgiã plástica romena Carmen Guigulean, uma das integrantes de comitivas estrangeiras que esteve na última semana no HFA.
Na sexta-feira (17/02), o hospital chegou a 700 pacientes submetidos desde o ano de 2000 à técnica cirúrgica reparadora ali desenvolvida. Só em 2016, 8.157 cirurgias bariátricas foram realizadas no SUS no país, um aumento de 8% em relação ao ano anterior. É depois do emagrecimento que os pacientes acabam padecendo com a pele que sobra, retirada nas cirurgias pós-bariátricas.
“A auto-estima com a cirurgia plástica não tem nem comparação, porque fica muito excesso de pele depois da bariátrica. O fantástico é que você se sente mais mulher, é o aspecto, você fica mais modelada”, orgulha-se a estudante de Enfermagem Vivian Souza da Costa, 36 anos, que chegou a pesar 116 quilos. Em maio de 2015, fez a bariátrica e, há 38 dias, a pós-bariátrica no HFA. Hoje já ostenta 60 quilos.
Por Assessoria de Comunicação MS/RJ
Atendimento à imprensa
(21) 3985-7475 / 7444