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Semana nacional de combate ao Aedes mobiliza a população da Bahia
Durante toda a semana, as capitais do país vão realizar diversas ações, que incluem visitas domiciliares, mutirões de limpeza, distribuição de material educativo, entre outras atividades
A população de Salvador (BA) está sendo mobilizada para combater o mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya. Nesta quinta-feira (07), a representante do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde na Bahia, Gerluce Silva, participa, no Estado, de ação da semana nacional de combate ao Aedes. Em todo o país, o Governo Federal, em parceria com os estados e os municípios, está realizando uma série de ações para conscientizar sobre importância de eliminar os focos do mosquito, especialmente antes da chegada do verão, período mais favorável à proliferação do mosquito. Além do ministro da Saúde, Ricardo Barros, participam das atividades ministros de estados, governadores, prefeitos, entre outras autoridades. As ações continuam durante os próximos dias e serão realizadas em todo o país.
Em Salvador, a concentração será na Escola Municipal Úrsula Catarino. Também integram a mobilização, distribuição de material educativo, visitas domiciliares, mutirões de limpeza realizados pelos agentes de saúde, exposições educativas em escolas, entre outras ações voltadas para a comunidade local. A Semana Nacional de Combate ao Mosquito consiste em ações integradas e simultâneas, em todas as capitais do País, em articulação com prefeituras, governos estaduais e população. Ministros de Estado, agentes de saúde e de defesa civil visitarão residências, escolas, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais, num esforço conjunto para o enfrentamento ao Aedes aegypti.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância desta ação conjunta, com estados e municípios, para o desafio do combate ao Aedes. “O enfrentamento ao mosquito é prioridade do Governo Federal, por isso definimos esse dia para uma grande mobilização, que é a Sexta Sem Mosquito. Isso demonstra o empenho e preocupação no combate ao Aedes para que possamos evitar todas as doenças causadas por ele”, declarou o ministro da Saúde.
INFESTAÇÃO - O novo Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2017, consolidado em 24 de novembro, aponta que 124 cidades encontram-se em situação de alerta e 76 em risco para surto de dengue, zika e chikungunya no estado da Bahia. Outros 81 municípios estão em situação satisfatória. Salvador, a capital do estado, está em situação de alerta.
O Mapa da Dengue, como é chamado o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa), é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito Aedes aegypti.
No total, 3.946 cidades de todo o país fizeram o levantamento, sendo que destes, 2.450 municípios estão com índices satisfatórios, com menos de 1% das residências com larvas do mosquito em recipientes com água parada; 1.139 municípios em alerta, com índice de infestação de mosquitos nos imóveis entre 1% a 3,9% e 357 em risco, com mais de 4% das residências com infestação.
CAMPANHA – Desde o dia 24 de novembro, circula em todo o país a nova campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti, que chama a atenção da população para os riscos das doenças transmitidas pelo vetor e convoca a todos ao seu enfrentamento. O objetivo é mostrar que o combate à proliferação do mosquito começa dentro da própria casa, sendo responsabilidade de cada um, podendo gerar mudança positiva na vizinhança. O material alerta: “Um mosquito pode prejudicar uma vida. E o combate começa por você. Faça sua parte e converse com seu vizinho”. A campanha é veiculada na TV, rádio, internet e redes sociais.
AÇÕES – As ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo mobilizou todos os órgãos federais (entre ministérios e entidades) para atuar conjuntamente, além de contar com a participação dos governos estaduais e municipais na mobilização de combate ao vetor.
Para isso, o Ministério da Saúde tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram 83% nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões em 2010 para R$ 1,7 bilhão, em 2016. Para 2017, a previsão é que o orçamento de vigilância em saúde para os estados chegue a R$ 1,96 bilhão. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya. O recurso é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de 2015 foram repassados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias, além de destinar mais R$ 395,3 milhões para o eixo de assistência à saúde.
DENGUE – Até 11 de novembro de 2017, foram notificados 239.076 casos prováveis de dengue em todo o país, sendo observado uma redução de 83,7% em relação ao mesmo período de 2016 (1.463.007). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa (82,4%), reduzindo de 694 óbitos em 2016 para 122 em 2017. Da mesma forma, os registros de dengue grave caíram 73%, de um ano para outro, passando de 901, em 2016, para 243 em 2017. Já dengue com sinais de alarme passou de 8.875 em 2016 para 2.209 em 2017, apresentando uma redução 75% em relação ao mesmo período do ano anterior. O estado da Bahia registrou 9.378 casos prováveis de dengue neste ano. Em 2016 foram 64.557.
CHIKUNGUNYA – Até 11 de novembro, foram registrados 184.458 casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência de 89,5 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 32,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 271.637 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de 131,8 casos/100 mil/hab. O estado da Bahia registrou 8.608 casos prováveis de chikungunya neste ano. Em 2016 foram 50.953.
Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 149 óbitos. No mesmo período do ano passado, foram 211 mortes confirmadas, uma redução de 29,4%.
ZIKA – Até 11 de novembro, foram registrados 16.870 casos prováveis de zika em todo país, uma redução de 92,1% em relação a 2016 (214.126). A taxa de incidência passou de 103,9 em 2016 para 8,2 neste ano. Em relação às gestantes, foram registrados 2.197 casos prováveis, sendo 901 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial. O estado da Bahia registrou 2.083 casos prováveis de zika neste ano. Em 2016 foram 50.629.
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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