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GESTÃO HOSPITALAR
Hospital Federal da Lagoa comemora 55 anos ampliando em 400% as mamografias
O Hospital Federal da Lagoa (HFL), unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, completa 55 anos ampliando de imediato a capacidade anual de mamografias de 1,8 mil para 7,2 mil exames, ou seja, um acréscimo de 400%. Outro serviço essencial no tratamento do câncer e outras doenças de alta complexidade, a pulsoterapia, que é a aplicação de medicamentos não quimioterápicos nos pacientes, passa de 1.560 atendimentos por ano para 2,4 mil com a modernização do ambulatório. Esses serviços são disponibilizados no Sistema Único de Saúde (SUS) à população pelos sistemas estadual e municipal de regulação.
"Estamos ampliando nesse percentual altíssimo nossa possibilidade de exames de prevenção ao câncer, é um grande avanço para toda a rede e para a população", anunciou o diretor Pedro Cirillo, nesta manhã de sexta-feira (15/12), na cerimônia de aniversário no HFL. "É um passo importante no avanço tecnológico que danos com o novo mamografo".
A unidade ainda projeta crescimento nas consultas ambulatoriais e nas cirurgias neste ano. Serão 166,7 mil consultas até o final de dezembro - no ano passado haviam sido 142,5 mil - e 6,7 mil cirurgias - ante as 6,4 mil de 2016. A fila cirúrgica já foi reduzida em 85% no ano - era de 2.556 cirurgias em janeiro, passou para 386 em dezembro.
Inserido no plano de reestruturação dos hospitais federais, que prevê a ampliação de 20% nos atendimentos de média e alta complexidade mais demandados pela população do Rio de Janeiro, o hospital passará a funcionar como referência nas cirurgias cardiovasculares e nas cirurgias ortopédicas de membros superiores (mão e ombro).
OBRA-PRIMA ARQUITETÔNICA - O HFL foi inaugurado em 15 de dezembro de 1962 com o nome de Hospital dos Bancários. Seu projeto arquitetônico é marca do movimento modernista no Brasil e foi criado por Oscar Niemeyer e Hélio Uchoa. Roberto Burle Marx é o paisagista responsável pelos jardins da unidade. Os pilotis em formato de 'V' e o painel de azulejos produzido por Athos Bulcão são alguns dos pontos memoráveis dessa estrutura.
Tamanha exuberância arquitetônica atrai a atenção e a parceria de produtoras de TV e cinema. Com contrapartidas obtidas nessas parcerias, operacionalizadas neste 2º semestre do ano, novos equipamentos de segurança, ginecologia, urologia e diagnóstico de imagens, cadeiras de rodas, um circuito de comunicação interna em TV e aparelhos que agilizam a área de RH estão em instalação na unidade.
HOMENAGENS NO ANIVERSÁRIO - Neste aniversário, serão duas homenageadas por seu trabalho e papel na preservação do hospital. Roberli Bicharra foi oftamologista residente da unidade e assumiu a direção logo após a retomada do HFL pelo Ministério da Saúde, ou seja, da sua volta ao âmbito federal, em 2005. Exerceu a função de diretora até 2017. Nesse período, coordenou uma reforma estrutural na unidade.
"Esta homenagem não é para mim, é por uma causa. Este é um lugar de grande respeito de todos os profissionais que trabalham aqui", ressalta Roberli. "Temos tudo para caminhar melhorando ainda mais o hospital da Lagoa".
A outra homenageada é Vania Moreira Franco de Oliveira, que atua há 12 anos no Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) e é autora e coordenadora do Projeto de Revitalização e Modernização dos Arquivos Médicos. O projeto foi implantado no HFL e premiado duas vezes no Congresso Internacional do Mercosul. Busca a melhoria de qualidade na gestão documental dos prontuários do paciente e implementar inovações tecnológicas já existentes junto aos arquivos médicos.
"A estrada foi longa, foi muito árdua, mas foi prazerosa. Atingimos o ápice em que todos os hospitais federais podem chegar. Depende da boa vontade", avalia Vania, já antecipando que o HFL vai ser piloto de outro projeto, de digitalização do prontuário dos pacientes.
"Sou fã das suas homenageadas, Roberli Bicharra e Vania Moreira Franco de Oliveira, que sempre se mostraram disponíveis para tudo o que precisávamos implementar", afirma o diretor do DGH, Alessandro Magno Coutinho.
Por Géssica Trindade e Gabriela Morgado, do Nucom RJ
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