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Instituto Nacional de Cardiologia amplia cirurgias e transplantes
Neste ano, já foram transplantados seis corações na instituição, mesmo número do ano passado inteiro
Unidade de referência de alta e média complexidade em cirurgias cardíacas do Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro, está ampliando o número de cirurgias e transplantes neste ano. Em 1º de agosto, atingiu a marca de seis transplantes de coração desde janeiro – é a mesma quantidade realizada no ano de 2016 inteiro. Foram, ainda, 662 cirurgias cardíacas no 1º semestre, 23 a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
O INC é a única instituição pública que realiza transplantes cardíacos em adultos e crianças no estado do Rio de Janeiro e é a segunda que mais faz cirurgias de cardiopatias congênitas no país – nestes casos, o problema cardíaco é detectado antes mesmo do nascimento do bebê. O instituto é responsável por uma média de cinco cirurgias por dia. Em 2016, realizou 1.116 procedimentos cirúrgicos.
Segundo a coordenadora assistencial do INC, Aurora Issa, a expectativa é que até o final deste ano o número de transplantes cardíacos aumente ainda mais, mas ressalta é preciso alertar à população sobre a importância da doação de órgãos. “É preciso desmistificar a doação de órgãos. Quem deseja ser um doador só precisa avisar a família. E é fundamental que a população entenda a importância de ser um doador, conhecendo todas as esferas do sistema de saúde e entendendo como essa ação ajuda a melhorar a qualidade de vida daquele que recebe o órgão”, reforça ela.
O caso do aposentado de 45 anos José Osmar, que realizou transplante há cinco anos no INC, é exemplar. Após três meses de espera na fila por um doador compatível, recebeu um coração e mudou toda a sua vida: se tornou maratonista. “Durante a reabilitação cardíaca, comecei a correr na esteira e peguei gosto pelo esporte”, conta, empolgado. “Antes do transplante, me sentia sempre cansado, com falta de ar e inchaço nas pernas”.
No próximo domingo (20/08), ele participa da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro pela segunda vez. No ano passado, já havia encarado os 21 quilômetros do percurso, que vai da praia de São Conrado até o Aterro do Flamengo. Animado com a façanha, começou os preparativos da corrida com antecedência. “Fico muito orgulhoso em carregar no peito a blusa com a mensagem ‘Eu tenho um coração transplantado’, que o INC entrega a seus pacientes”. Ainda diz que, quem o vê, elogia pela superação e também pede para tirar fotos com o maratonista. “É uma felicidade mostrar a importância de as pessoas doarem. Se não fosse por isso, não estaria onde estou”.
Por Juliana Castro (supervisão de Géssica Trindade), Ascom/RJ
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