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Semana na Escola mobiliza alunos no combate ao Aedes
A ação envolve 78 mil escolas públicas. Atividades terão foco na eliminação de criadouros do mosquito, sintomas e tratamento de doenças, como dengue, chinkungunya e Zika
As escolas da rede pública de ensino realizam, a partir desta segunda-feira (3/4), a Semana Saúde na Escola contra o Aedes aegypti. O foco é envolver os estudantes em atividades para identificar e eliminar os criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e vírus da Zika. As ações serão realizadas de forma articulada entre as equipes da atenção básica e profissionais da educação. Mais de 140 mil estudantes, em 78 mil escolas de 5.570 municípios do país, estarão envolvidos nas ações de prevenção e combate ao mosquito.
A iniciativa é uma das ações de mobilização que integra o Programa Saúde na Escola (PSE). Todos os anos, profissionais da saúde e educação trazem para o trabalho no ambiente escolar um tema em destaque no país. Desde 2015 a participação dos municípios na Semana Saúde na Escola é voluntária, não sendo necessário fazer a adesão.
As atividades abrangem desde a educação infantil à educação de jovens e adultos. A proposta é mobilizar as equipes das escolas, unidades de saúde, familiares e toda a comunidade na adoção de práticas sanitárias e saudáveis que mantenham os ambientes escolar e residencial, sempre limpos e seguros. O objetivo é eliminar qualquer foco que possa servir como criadouro para larvas do mosquito.
A meta é que toda informação obtida na escola seja compartilhada com a comunidade, orientando a população sobre como agir no combate ao Aedes aegypti. “A mobilização é fundamental para redução das doenças provocadas pelo Aedes. Além de desconfortos, podem provocar mortes. Por isso, é preciso uma ação conjunta, envolvimento de todos, da sociedade civil e de governos no combate ao mosquito”, enfatizou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Desde o segundo semestre de 2015, com o decreto de emergência em saúde pública devido à circulação do vírus Zika e sua associação com os casos de malformações neurológicas, o governo vem intensificando as ações educativas e informativas entre a população, inclusive no ambiente escolar.
SAÚDE NA ESCOLA – Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola surgiu como uma política intersetorial entre os ministérios da Saúde e da Educação, com o objetivo de promover qualidade de vida aos estudantes da rede pública de ensino por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
“O ambiente escolar produz resultados, não só imediatos, mas para a vida toda, na medida em que trabalhamos na educação da criança que, quando conscientizada, consegue envolver toda a família”, explica Michele Lessa, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.
O Programa tem como objetivo a integração e articulação intersetorial das redes públicas de ensino, por meio de ações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e redes de educação pública. A iniciativa prevê ações para acompanhar as condições de saúde dos estudantes por meio de avaliações e orientação, fortalecendo o enfrentamento das vulnerabilidades que possam comprometer o pleno desenvolvimento escolar.
DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA - O conjunto de ações adotadas pelo Governo Federal, voltadas para a eliminação do mosquito, resultou na queda expressiva nos casos de dengue, Zika e chikungunya. Em 2017, até 25 de março, foram notificados 90.281 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 90% em relação ao mesmo período de 2016 (947.130). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 97%, passando de 411 em 2016 para 11 em 2017.
Em relação à chikungunya, a redução do número de casos foi de 73%. Até 11 de março, foram registrados 26.856 casos da febre, o que representa uma taxa de incidência de 13,0 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 101.633 casos neste mesmo período.
Também até 25 de março, o Ministério da Saúde registrou 4.894 casos de Zika em todo o país. Uma redução de 97% em relação a 2016 (142.664 casos). A incidência passou de 69,2 em 2016 para 2,4 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento. Em relação às gestantes, foram registrados 727 casos prováveis. Não houve registro de óbitos por Zika em 2017.
Por Nicole Beraldo, da Agência Saúde
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