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Saúde Indígena
Novas embarcações do DSEI/ARS possibilitam agilidade no atendimento
Os atendimentos de saúde para a população indígena do Alto Rio Solimões, na região de Tabatinga (AM), terão o reforço de 50 novas embarcações, 40 geradores e três caminhonetes. Os equipamentos entregues nesta quarta-feira (19) na região fazem parte de um investimento do Ministério da Saúde de R$ 970 mil, que ajudará a reestruturar e qualificar o atendimento a mais de nove mil pessoas.
O secretário Especial de Saúde Indígena, Marco Antonio Toccolini, lembrou que os indígenas da região vão ter mais agilidade para receber as equipes de saúde e se deslocarem para o atendimento nas áreas de referência. “Com os novos veículos e embarcações entregues as equipes de saúde e pacientes indígenas terão mais eficiência nas ações, diminuindo riscos e qualificando o atendimento”, destacou.
O líder indígena da etnia Kokama, Eládio Rodrigues, ressalta o ganho que as comunidades terão com a melhoria do transporte fluvial. “Com um motorzinho da comunidade demoramos muito pra chegar à cidade, chega a três, quatro, cinco horas ou até dias. Agora com os novos motores que estamos recebendo, com o barco bem equipado, a viagem vai diminuir para 30, 40 minutos, ou no máximo para uma hora de viagem. Então, é uma coisa boa para nós”, afirmou.
Além dos investimentos realizados, o Ministério da Saúde garantiu para os próximos três meses um orçamento de mais R$ 1,3 milhão para a entrega de outras 52 lanchas.
Maternidade indígena - Na ocasião da entrega dos equipamentos, o secretário visitou a única maternidade de toda a região do Alto Solimões, no Amazonas, a unidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz. Desde agosto de 2016, existe em Tabatinga (AM) uma sala de parturiente indígena, destinada ao atendimento exclusivo de mulheres indígenas que precisam de auxílio durante o trabalho de parto.
O espaço atende a uma antiga reivindicação de várias etnias e busca respeitar a cultura indígena, oferecendo um ambiente bem equipado onde as grávidas são acompanhadas por parteiras indígenas que, voluntariamente, auxiliam os profissionais de saúde convencionais. Desde a sua inauguração, foram realizados 140 partos indígenas no local, de acordo com as tradições de cada povo.