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Saúde Indígena
SESAI participa de Fórum Internacional para debater o suicídio indígena
O objetivo do encontro é a troca de experiências em estratégias para promoção do bem estar e prevenção do suicídio indígena. Para a diretora de atenção à saúde indígena da SESAI, Regina Rezende é uma oportunidade importante de debate sobre o tema.
“A participação no Fórum vai nos trazer experiências exitosas na implementação de projetos de prevenção e promoção da saúde mental, principalmente com relação ao suicídio junto aos povos indígenas brasileiros”, destacou.
A SESAI/MS trabalha na implementação de estratégias de cuidado na ponta dos serviços, somada à realização de capacitações para profissionais que atuam em área e a promoção de ações de saúde nas aldeias, contribuindo no aprofundamento de conhecimentos que permitem identificar novos casos, realizar a melhor abordagem junto ao usuário indígena e propor projetos terapêuticos que possibilitem o envolvimento familiar e comunitário na sua recuperação.
O evento conta com a participação de vários representantes dos povos indígenas da América do Norte, Oceania e países latino-americanos como Brasil e Chile.
Linha de Cuidado
Um dos grandes avanços constatados na atenção psicossocial das populações indígenas está na elaboração, em 2014, do “Material Orientador para Prevenção do Suicídio em Povos Indígenas”. “Esse documento é um material didático que serve para orientar as equipes que atuam em área na organização de cuidados em saúde mental para prevenção do suicídio em populações indígenas, que é um agravo que impacta em especial entre os mais jovens”, explica a psicóloga do Departamento de Atenção à Saúde (DASI/SESAI), Juliana Gama.
Além de qualificar as ações em área, o guia fornece fundamentos aos profissionais para acolherem pessoas que tentaram suicídio ou que sejam parentes de sujeitos que foram a óbito por essa causa.
Desafios
Outra estratégia preconizada pela SESAI para o enfrentamento ao suicídio diz respeito à prevenção e promoção de saúde. Estas estratégias visam o fortalecimento das redes sociais de apoio, por meio do fortalecimento ‘identitário’ e cultural das comunidades, além da mobilização social e comunitária sobre temas relacionados aos fatores de risco em suicídio como álcool e outras drogas e violência.
Outro grande desafio imposto à atenção psicossocial na Saúde Indígena está na necessária integração entre as práticas tradicionais e milenares dos povos indígenas, à medicina ocidental. Ou seja, a necessidade de promover um cuidado articulado aos saberes dos pajés e das lideranças religiosas indígenas.
Por Tiago Pegon