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Saúde na Escola mobiliza 548 mil estudantes no Rio Grande do Sul no combate ao Aedes aegypti
Programa que conta com a participação de 78 mil escolas públicas em todo o país fará atividades com orientações sobre eliminação de criadouros dos mosquitos, sintomas e tratamentos das doenças
As escolas públicas do Rio Grande do Sul também estão envolvidas no combate ao mosquito Aedes aegypti. Até 11 de março acontece a Semana Saúde na Escola, que marca o lançamento das ações do Programa Saúde na Escola. No estado, mais de 548 mil estudantes em 263 municípios estarão envolvidos em atividades em 2.698 escolas, que contarão com a presença da comunidade escolar e equipes de saúde da Atenção Básica na mobilização no controle do vetor.
“A forma mais eficaz de prevenção e combate a esse vetor é não deixar o mosquito nascer. É muito importante que as crianças e adolescentes, junto com os familiares, possam dedicar 15 minutos por semana para eliminar os criadouros do Aedes aegypti. A mobilização da comunidade escolar é fundamental para enfrentar essa situação de forma permanente”, ressalta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
O objetivo é mobilizar as equipes das escolas e das unidades de saúde, familiares e comunidades, todos que fazem parte da rotina dos educandos. Em todo o Brasil, a ação mobilizará mais de 18 milhões de alunos em 4.787 municípios. Ao todo, será disponibilizado R$ 83 milhões para manter a iniciativa ao longo deste ano nas 78 mil escolas que fazem parte do Programa.
Com o tema “Comunidade Escolar Mobilizada Contra o Aedes aegypti”, a proposta tem como principal motivação a necessidade da comunidade escolar ter acesso às informações necessárias no combate ao mosquito e à adoção de práticas sanitárias e saudáveis para a manutenção do ambiente escolar e residencial, limpos e seguros.
“Diante do quadro epidemiológico atual, fica evidente a necessidade de se trabalhar a temática da prevenção ao mosquito nas escolas, além de informar sobre o vírus Zika e suas consequências mais graves, como o aumento dos casos de microcefalia”, destaca o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
Para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito em todo território nacional, há um grande esforço envolvendo diferentes instâncias e esferas do governo e da sociedade. A Diretriz Geral da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Microcefalia buscou unir esforços de diferentes áreas para esse enfrentamento, incluindo a Educação como uma das áreas estratégicas de atuação. Todos os municípios brasileiros estão convidados a fazer parte dessa mobilização.
SAÚDE NA ESCOLA – Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação para promover a melhoria da qualidade de vida dos estudantes da rede pública de ensino. A semana abre as ações do Programa Saúde na Escola, que a cada ano, lança um novo tema de mobilização que é trabalhado nas escolas pelas equipes de saúde e de educação durante o ano letivo, fazendo parte no cotidiano da comunidade escolar.
Voltado à promoção da saúde e a prevenção de doenças e agravos, o programa prevê a articulação entre profissionais de saúde e das escolas para acompanhar as condições de saúde dos estudantes e realizar ações de promoção da saúde. Avaliação e orientação nutricional, incluindo o combate à desnutrição e à obesidade infantil, fazem parte do Programa. Em 2015, os temas centrais da Semana Saúde na Escola foram alimentação saudável e práticas corporais.
MOBILIZAÇÃO - A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.
Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate nas residências. Diversas ações foram organizadas para o enfrentamento ao vetor. Em 13 de fevereiro, as equipes de saúde contaram com apoio de 220 mil militares para as ações de eliminação dos focos do mosquito, e, entre os dias 15 e 18 do mesmo mês, com 55 mil oficiais.
Somam-se a esse esforço a Mobilização Nacional da Educação Zika Zero, realizada nas escolas de todo o país em parceria com os estados e municípios. O objetivo é aproveitar o período de volta às aulas para incluir as comunidades escolares nas ações de combate e prevenção em uma ação continuada que vai envolver 60 milhões de brasileiros entre estudantes, professores e servidores técnicos administrativos e da educação superior em todo o país.
Também foram feitas ações voltadas aos servidores públicos no dia 29 de janeiro, no chamado “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios dos órgãos federais. A ação aconteceu em ministérios, autarquias, agências e demais órgãos vinculados em todo o Brasil. Foi publicado ainda no Diário Oficial da União, em fevereiro, decreto que determina adoção de medidas rotineiras de prevenção e combate ao vetor em todos os prédios públicos.
Vale lembrar que, desde o dia 1º de fevereiro, o Governo Federal autoriza a entrada forçada de agentes públicos de combate ao Aedes em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados, ou em locais com potencial existência de focos, no caso de ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local.
Por Gabrielle Kopko, da Agência Saúde
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