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Ministro da Saúde participa de mobilização das ações de combate ao Aedes aegypti em Goiás
O objetivo é fortalecer as ações de controle e conscientizar a população sobre as medidas de prevenção contra o mosquito
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, visitou, nesta quarta-feira (9), o município de Goiânia (GO) para acompanhar as iniciativas do estado para a mobilização dos gestores no enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia. O objetivo é fortalecer as ações de assistência à saúde e conscientizar a população sobre as medidas de prevenção para eliminar focos do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika.
“Temos que combater esse mosquito que está transmitindo doenças graves, entre elas, o Zika que tem causado a microcefalia. Ainda não existe remédio nem vacina contra o vírus. Ou seja, a única forma para controlar essa epidemia é não deixar o mosquito nascer. É importante lembrar que dois terços dos criadouros estão dentro das residências. Por isso, precisamos que toda a sociedade se mobilize. Caso contrário, não vamos ter sucesso”, ressaltou Castro.
Além de Goiás, o ministro já visitou os estados do Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Maranhão e Ceará para conhecer as ações locais e apresentar os detalhes do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia. Em Goiânia, o encontro teve a presença do governador Marconi Perillo, do secretário de saúde Leonardo Vilela, além dos prefeitos e secretários de saúde dos municípios goianos.
A reunião avaliou também as visitas domiciliares da força-tarefa Goiás Contra o Aedes, que tem como meta vistoriar todos os imóveis do Estado, além de conscientizar a população para o trabalho contínuo de combate a criadouros e erradicar o mosquito em Goiás.
A primeira fase da mobilização nacional para o combate ao Aedes aegypti alcançou 88,8% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais brasileiros. As equipes para identificação de focos e orientação da população sobre medidas de proteção ao vetor foram a 59,6 milhões de estabelecimentos, entre os primeiros dias de janeiro e 29 de fevereiro. Em Goiás, foram contabilizados mais de 2 milhões de imóveis visitados, alcançando 85% do total de estabelecimentos.
Os números fazem parte do balanço do primeiro ciclo divulgado pela Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika (SNCC). Do total de imóveis visitados, 48,2 milhões foram efetivamente vistoriados e 11,3 milhões estavam fechados ou houve recusa para o acesso. O segundo ciclo da mobilização começou em primeiro de março.
SALA DE SITUAÇÃO – Após a reunião, o ministro visitou o centro de informações em saúde Conecta SUS, onde está sendo feito o acompanhamento das ações de mobilização e combate ao mosquito, como o monitoramento das visitas domiciliares. O Governo Federal instalou a Sala Nacional de Coordenação e Controle do Aedes aegypti e para o Enfrentamento à Microcefalia para gerenciar e monitorar a intensificação das ações de mobilização e combate ao mosquito. A sala faz parte do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, em resposta à declaração Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional.
A estratégia do governo federal é intensificar a mobilização nos diversos setores da sociedade. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a Sala Nacional é composta pelos ministérios da Integração, da Defesa, do Desenvolvimento Social, da Educação, da Casa Civil e da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de outros órgãos convidados. Todos os estados e o Distrito Federal instalaram suas salas de situação e estão desenvolvendo ações de mobilização e combate ao mosquito.
MOBILIZAÇÃO – A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.
Nesse primeiro ciclo, as visitas contaram com a presença diária de cerca de 266 mil agentes comunitários de saúde e 46 mil agentes de controle de endemias, e com o apoio de militares. Houve ainda a realização de ações especiais, como a participação de 220 mil militares em 13 de fevereiro, e de 55 mil militares de 15 a 18 de fevereiro, além do Dia de Mobilização Nacional da Educação Zika Zero, realizada em 19 de fevereiro, nas escolas de todo o país em parceria com os estados e municípios, envolvendo 60 milhões de pessoas, entre estudantes, professores e servidores técnicos administrativos e da educação superior em todo o país.
As escolas públicas continuarão envolvidas no combate ao mosquito Aedes aegypti ao longo do ano com as ações do Programa Saúde na Escola. No estado de Goiás, mais de 632 mil estudantes em 241 municípios participarão de atividades em 2.245 escolas, que contarão com a presença da comunidade escolar e equipes de saúde da Atenção Básica na mobilização no controle do vetor.
Também foram feitas ações voltadas aos servidores públicos no dia 29 de janeiro, no chamado “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios dos órgãos federais. A ação aconteceu em ministérios, autarquias, agências e demais órgãos vinculados em todo o Brasil. Foi publicado ainda no Diário Oficial da União, em fevereiro, decreto que determina adoção de medidas rotineiras de prevenção e combate ao vetor em todos os prédios públicos.
Vale lembrar que, desde o dia 1º de fevereiro, o Governo Federal autoriza a entrada forçada de agentes públicos de combate ao Aedes em imóveis públicos ou particulares que estejam abandonados, ou em locais com potencial existência de focos, no caso de ausência de pessoa que possa permitir o acesso ao local.
Da Agência Saúde
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