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Recife ganha primeira maternidade de alto risco com 150 leitos
O Ministério da Saúde investiu R$ 48,8 milhões na unidade, que terá capacidade para realizar mais de 67 mil procedimentos por mês, entre partos, cirurgias, exames e internações
As mulheres que vivem em Recife (PE) passam a contar a partir desta terça-feira (10) com o Hospital da Mulher do Recife Dra. Maria das Mercês Pontes Cunha (HMR). Esta é a primeira maternidade de alto risco do município e terá capacidade para realizar 67 mil procedimentos por mês, entre partos, cirurgias, exames, internações, consultas especializadas. Ao todo, serão 150 leitos. Para a construção da unidade e a aquisição de equipamentos foram investidos R$ 118 milhões, dos quais R$ 48,8 milhões foram repassados pelo Ministério da Saúde.
“Esta unidade vai reunir em um único lugar atendimento de urgência e emergência 24h, centro obstétrico, centro cirúrgico, UTI materna e neonatal, clínica ambulatorial, diagnóstico, apoio terapêutico e assistência às mulheres vítimas de violência. O grande diferencial é a estrutura, preparada para oferecer um atendimento de qualidade e humanizado às mamães e aos bebês”, destacou o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. O hospital prestará atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As pacientes serão encaminhadas por meio das outras unidades e serviços da rede, com marcação prévia.
A nova maternidade, localizada no bairro de Curado, irá garantir atendimento e assistência integral à saúde da mulher e do recém-nascido. Ao todo, serão 150 leitos, duas Unidades de Terapia Intensiva – uma com 10 leitos para bebês e outra com 10 leitos para as mulheres; duas Unidades de Cuidados Intermediários, cada uma com 27 leitos; e 16 consultórios especializados.
Nos consultórios, as mulheres poderão fazer atendimentos e procedimentos de ginecologia, cardiologia, mastologia, endocrinologia, hematologia e psiquiatria. O hospital oferece ainda banco de leite humano, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, odontólogos e enfermeiros. A capacidade inicial é de realizar 400 partos e 250 cirurgias por mês.
As gestantes de alto risco terão acesso a equipamentos adequados ao acompanhamento da gravidez, como o cardiotocógrafo, que permite que o bebê seja monitorado desde a barriga da mãe até seu nascimento. O bloco cirúrgico dispõe de seis salas cirúrgicas amplas, equipadas por sistema de climatização com filtros especiais para realização desde partos cirúrgicos até histeroscopia cirúrgica - diagnóstico de patologias intrauterinas - promovendo grande variedade de procedimentos com segurança e conforto para as pacientes.
PARTO HUMANIZADO - Dentro do hospital existe um centro de parto humanizado, quarto com banheira para realização de parto na água. Esses ambientes permitem que a gestante evolua no seu trabalho de parto natural, acompanhada por profissionais qualificados e com toda a infraestrutura e equipamentos necessários ao procedimento.
Ao todo, o hospital contará com 1.108 profissionais, sendo 158 médicos, 236 profissionais de nível superior em áreas específicas, 552 profissionais de nível médio/administrativo e 162 profissionais de nível fundamental. Também fazem parte da estrutura da unidade equipamentos para exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética, ultrassom e raio-x.
O Hospital da Mulher do Recife contará ainda com a “Casa das Mães”, uma hospedaria com 20 leitos para acolher as mães que receberem alta e tiverem seus bebês internados após o parto. Dessa forma, as mulheres poderão apoiar a recuperação do filho e manter o vínculo com o bebê até que ele esteja apto a deixar o hospital.
VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA – Faz parte da estrutura do hospital um centro especializado no atendimento às mulheres vítimas de violência. Elas contarão com o apoio de uma equipe formada por vários profissionais – psicólogo, psiquiatra, médico, enfermeiro e assistente social – que prestarão o atendimento multidisciplinar. Além do suporte à mulher, o Centro terá um papel importante ao empoderar e preparar essas mulheres para romper o ciclo de violência sofrido. Todo o processo de acolhimento terá o cuidado de não expor a vítima.
É um espaço acolhedor para a mulher em situação de vulnerabilidade, onde ela poderá realizar desde a coleta de vestígios até, quando indicado, o uso de medicação antirretroviral. Esse espaço também terá a presença de um médico legista, fruto de uma parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), e permitirá às mulheres realizar as coletas necessárias sem precisar ir ao Instituto de Medicina Legal (IML).
SAMU – O Hospital da Mulher também contará ainda com uma base descentralizada do SAMU 192, a 10ª da cidade, com uma Unidade de Suporte Básico (UBS), Unidade de Suporte Avançada (USA) e seis profissionais. A descentralização dará maior resolutividade ao atendimento com menor tempo de resposta.
Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde
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