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Ações de saneamento básico deve ser prioridade
Sala Nacional de Coordenação e Controle defende a importância de ações permanentes e emergenciais de saneamento básico que colaboram para a eliminação de focos do Aedes aegypti
A Sala Nacional de Coordenação e Controle, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde, Ministério do Meio Ambiente e Ministério das Cidades, vai editar uma diretriz orientando gestores municipais com relação ao abastecimento e armazenamento adequados de água e também sobre a eliminação correta de resíduos sólidos. Essa será uma das ações de trabalho da Sala Nacional para os próximos meses. O objetivo é reduzir o número de focos do mosquito Aedes aegypti em depósitos de água domiciliares e recipientes plásticos, pneus e entulhos em geral. O mosquito é o principal vetor de doenças como dengue, chikungunya e vírus Zika.
Uma das orientações da Sala Nacional contidas na diretriz é que gestores viabilizem parcerias com a iniciativa privada para minimizar a intermitência de água em locais com alta infestação e também informar a população sobre como tornar seguro os depósitos de água a serem utilizados no armazenamento. Outra orientação é a utilização de dados epidemiológicos sobre infestação para a definição da destinação de recursos financeiros e projetos de saneamento.
Com relação aos resíduos sólidos, as indicações são a instalação de postos de entrega de materiais recicláveis ou de difícil descarte e a realização de mutirões de recolhimento desses resíduos dos terrenos baldios, onde geralmente há despejo irregular pela população. Também são detalhados na diretriz os itens que as atividades de enfrentamento ao vetor devem prever, como ações regulares, meios de comunicação para denúncias, peças publicitárias e informativas, envolvimento de lideranças religiosas e esportivas, entre outras.
A coordenadora da Sala Nacional, Marta Damasco, explica que o saneamento básico não pode ser dissociado do enfretamento ao mosquito. “Estamos estimulando os municípios a executar ações e medidas preventivas voltadas à distribuição e ao armazenamento correto de água, à destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e outras medidas relativas à drenagem urbana e esgotamento sanitário, medidas importantes para o enfrentamento ao mosquito”, enfatiza Marta.
Além dos gestores locais e Salas Estaduais e Municipais de Coordenação e Controle, a Sala Nacional chama atenção para a importância de envolver na estratégia de enfrentamento ao mosquito os prestadores de serviços de água e esgoto, os serviços e empresas de limpeza urbana, companhias prestadoras de serviços públicos como distribuidoras de energia elétrica e Correios, os carroceiros, além da imprensa local. “Temos que envolver a população para a promoção do saneamento ambiental e iniciarmos uma mudança de hábito e da cultura de acumulação e de despejo de resíduos e entulhos nas ruas, terrenos baldios e áreas públicas. Isso é imprescindível para que tenhamos sucesso nas ações de enfrentamento ao Aedes”, alerta Marta Damasco.
A Sala Nacional é a responsável pela consolidação, monitoramento e divulgação dos dados de imóveis visitados e focos encontrados do mosquito Aedes repassados pelos estados, além de promover ações para eliminação de criadouros do mosquito e de acompanhar e divulgar os resultados obtidos.
Visitas - No terceiro ciclo da etapa de ataque ao vetor, realizado no mês de abril, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti informaram em 6 de abril às 9h30, ter visitado mais 28,3 milhões de imóveis brasileiros. Foram 23,5 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 4,7 milhões de estabelecimentos que ou estavam fechados ou houve recusa para acesso. Nesse terceiro ciclo, 4.914 do total de 5.570 municípios brasileiros, registraram as visitas ao Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).
O primeiro ciclo da mobilização, realizado entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No segundo, em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 34,9 milhões de imóveis brasileiros, sendo 29,2 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados.
Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, com apoio de aproximadamente 5 mil militares das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
UF |
Base de Imóveis |
Total de Visitas Realizadas |
Percentual de Visitas Realizadas |
Total Imóveis Vistoriados |
Total Fechados e Recusados |
---|---|---|---|---|---|
Total |
67.097.881 |
28.314.188 |
42,20% |
23.574.014 |
4.740.174 |
AC |
213.679 |
66.645 |
31,19% |
61.798 |
4.847 |
AL |
890.930 |
183.218 |
20,56% |
157.497 |
25.721 |
AM |
886.361 |
141.205 |
15,93% |
130.909 |
10.296 |
AP |
193.300 |
22.600 |
11,69% |
19.912 |
2.688 |
BA |
4.440.393 |
2.053.523 |
46,25% |
1.835.469 |
218.054 |
CE |
2.495.573 |
638.928 |
25,60% |
613.413 |
25.515 |
DF |
930.622 |
101.980 |
10,96% |
88.067 |
13.913 |
ES |
1.348.991 |
478.060 |
35,44% |
357.250 |
120.810 |
GO |
2.343.397 |
1.683.865 |
71,86% |
1.436.449 |
247.416 |
MA |
1.477.966 |
433.708 |
29,34% |
404.409 |
29.299 |
MG |
7.189.307 |
2.708.145 |
37,67% |
2.322.718 |
385.427 |
MS |
892.480 |
493.993 |
55,35% |
440.647 |
53.346 |
MT |
1.047.747 |
521.498 |
49,77% |
477.612 |
43.886 |
PA |
1.840.433 |
1.082.268 |
58,81% |
896.055 |
186.213 |
PB |
1.177.843 |
544.408 |
46,22% |
492.131 |
52.277 |
PE |
2.833.053 |
958.144 |
33,82% |
781.892 |
176.252 |
PI |
841.957 |
522.342 |
62,04% |
498.849 |
23.493 |
PR |
3.734.729 |
2.184.310 |
58,49% |
1.778.388 |
405.922 |
RJ |
6.738.009 |
3.536.183 |
52,48% |
2.915.413 |
620.770 |
RN |
1.030.466 |
488.288 |
47,39% |
407.815 |
80.473 |
RO |
474.400 |
278.560 |
58,72% |
270.882 |
7.678 |
RR |
135.171 |
75.339 |
55,74% |
65.401 |
9.938 |
RS |
4.136.361 |
1.337.868 |
32,34% |
1.184.813 |
153.055 |
SC |
2.416.910 |
243.246 |
10,06% |
243.246 |
0 |
SE |
611.386 |
432.908 |
70,81% |
352.389 |
80.519 |
SP |
16.328.957 |
6.691.576 |
40,98% |
4.961.832 |
1.729.744 |
TO |
447.460 |
411.380 |
91,94% |
378.758 |
32.622 |
Por Juliana Hack, da Agência Saúde
Atendimento à Imprensa - (61) 3315-3587/3580