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Brasil defende sistema para monitorar atendimento
A iniciativa tem o objetivo de aprimorar e quantificar os atendimentos realizados nas unidades de saúde dos países que fazem fronteira com o Brasil.
O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, sugeriu nessa sexta-feira (17), durante sua participação na 39ª Reunião de Ministros da Saúde do bloco, realizada em Montevidéu (Uruguai), a criação de um sistema para monitorar o atendimento de pacientes estrangeiros na rede pública de saúde nas cidades que fazem fronteira com o Brasil. A ideia da iniciativa é criar uma rede de atendimento com foco na atenção materno infantil e também de média e alta complexidade.
Além desse sistema, é esperado a criação de um termo de cooperação entre essas nações para dar suporte ao atendimento, e também a possível instalação de uma câmara de compensação entre os países do Mercosul, com investimentos em infraestrutura de saúde e consolidação de rede de assistência na região.
Dos países do Mercosul que participaram da reunião, apenas a Argentina afirmou possuir um sistema que monitora esses atendimentos. Assim como o Brasil, os demais não têm um mecanismo que quantifique estas informações. “Nós temos um trabalho de atendimento aos cidadãos nas nossas fronteiras, mas o sistema de informação do Ministério da Saúde não possui um campo específico para monitorar esses procedimentos. Assim, não temos quantificado o volume de atendimentos”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Ainda durante a reunião, o ministro anunciou que vai sugerir aos outros países do Mercosul que façam uma planificação conjunta regional das fronteiras, viabilizando a reciprocidade no atendimento aos cidadãos. “Então, em breve, teremos no sistema de informações do Ministério o volume de pessoas atendidas, de cidadãos estrangeiros, e também que tipo de atendimento que eles procuram no Brasil. Espero que vocês possam ter esse registro reciprocamente para que se possa fazer um balanço de compensação dessas ações”, afirmou Ricardo Barros.
Hoje, o Brasil tem 15,7 mil quilômetros de fronteiras, que compreendem 11 Estados brasileiros e 10 países da América do Sul. Nessas regiões existem 121 municípios, onde vivem cerca de três milhões de habitantes. Nas regiões de fronteira, um grande fluxo de estrangeiros busca tratamento em saúde no território brasileiro.
BILATERAIS – O Brasil também participou de reuniões bilaterais. No encontro com o Uruguai, o tema central consistiu em projeto voltado ao fortalecimento da assistência de média e alta complexidade na região de fronteira. A iniciativa prevê a reforma e a melhoria de unidades de saúde e fortalecimento de recursos humanos. Em reunião com a Venezuela, o país solicitou doação de medicamentos. O Ministério da Saúde aguarda o pedido com os detalhes do quantitativo e as prioridades para providenciar os produtos e o envio.
Por Victor Maciel, Agência Saúde
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