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Saúde libera R$ 420 mil para novas equipes de Saúde da Família fluvial
O investimento vai beneficiar cerca de 40 mil ribeirinhos no Amazonas, Pará e Acre. As novas equipes de Saúde da família vão integrar as Unidades Básicas de Saúde Fluviais
O Ministério da Saúde acaba de liberar R$ 420 mil para custear a habilitação de novas equipes de Saúde da Família Fluvial nos municípios de Borba, Manaus e Manicoré, no Amazonas; Santarém, no Pará; e Cruzeiro do Sul, no Acre. Estão previstos investimentos na ordem de R$ 90 mil para cada região do Amazonas, R$ 70 mil para o Acre e R$ 80 mil para o Pará, beneficiando centenas de ribeirinhos e levando assistência para milhares de pessoas.
As equipes vêm para intensificar o trabalho realizado pelas Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), que hoje já atende cerca de 40 mil ribeirinhos nos estados do Pará, Acre e Amazonas. Neste último estado, os novos recursos serão aplicados na Atenção Básica da região para fortalecer o cuidado de 5.500 ribeirinhos que vivem em 18 comunidades na capital Amazonas.
Em maio do ano passado, o município de Manicoré, região que possui 142 comunidades, recebeu a primeira Unidade Básica de Saúde Fluvial (UBSF) – a segunda do estado –, com o objetivo de responder à demanda dos seus 3.400 ribeirinhos. BORBA (AM), que foi o primeiro município a ser contemplado com uma UBSF, em 2013, reforça a partir de agora o atendimento aos 12 mil moradores das 230 comunidades ribeirinhas. No município de Santarém, no Pará, a Unidade Básica de Saúde Fluvial leva atendimento a 15 mil pessoas de 72 comunidades. Já a UBS fluvial de Cruzeiro do Sul, no Acre, atende 3.150 ribeirinhos em 14 comunidades.
Com investimento na ordem de R$ 1,7 milhão, cada embarcação (Unidade Básica de Saúde Fluvial) conta com profissionais que oferecem atendimento médico, odontológico e de enfermagem, vacinação e realização de exames laboratoriais. Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o recurso vai ampliar o atendimento médico e qualificar a assistência a essas populações.
A UBSF conta com médico, enfermeiro, técnicos de enfermagem, técnicos de saúde bucal, bioquímicos e técnicos de laboratório, além de ser equipada com os materiais necessários para atender à população da Amazônia Legal e do Pantanal Sul Mato-Grossense. Essas unidades fazem parte da Política Nacional de Atenção Básica e respondem pelas especificidades destas regiões.
Entre 2011 e 2016, foram contempladas 64 propostas para construção de UBSF na Amazônia Legal, sendo 26 para o estado do Amazonas no valor de R$ 33 milhões, beneficiando 25 municípios. Esta é a segunda unidade fluvial do estado e a expectativa é que sejam inauguradas outras 11, no Amazonas e no Pará.
Atualmente, o município de Manicoré (AM) tem seis Unidades Básicas de Saúde (UBS) em funcionamento, cobrindo 71% da população. São dez equipes de saúde da família, 144 agentes comunitários de saúde e sete equipes de saúde bucal trabalhando para levar assistência médica de qualidade a quem precisa na região. Somente para o município de Manicoré, no mês de maio, foram repassados R$ 339,9 mil para a Atenção Básica, principal porta de entrada dos cidadãos no Sistema Único de Saúde (SUS).
ATENÇÃO BÁSICA - O Ministério da Saúde já destinou R$ 4,2 bilhões para construção e ampliação de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS) em mais de 5 mil municípios brasileiros. Criada em 2011, a iniciativa permite que sejam firmadas parcerias com os gestores locais para que eles tenham condição de estruturar seus postos de saúde e oferecer melhor atendimento à população.
O Ministério da Saúde tem como prioridade o fortalecimento da Atenção Básica, com capacidade para solucionar até 80% dos problemas de saúde da população, o que ajuda a desafogar os atendimentos em hospitais gerais e instituições habilitadas para serviços de média e alta complexidade. Em 2002, o governo federal destinava R$ 3,2 bilhões à Atenção Básica. Em 2015, o investimento alcançou R$ 18,7 bilhões. O número de Unidades Básicas de Saúde no Brasil também cresce a cada ano. Em 2010, havia 32.812 unidades. Hoje, são 40.612.
Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde
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