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Seminário discute ações sobre dengue, chikungunya e zika no Piauí
O evento fortalece as ações de assistência à saúde e visa conscientizar a população sobre as medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti
Para reforçar as ações de mobilização e discutir alternativas para o enfrentamento ao Aedes aegypti, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, esteve, nesta sexta-feira (22), em Teresina (PI), do Seminário Dengue, Chikungunya e Zika: Controle e Intervenção na Saúde. O objetivo é fortalecer a rede de assistência à saúde e conscientizar a população sobre as medidas de prevenção contra o mosquito transmissor das três doenças.
Durante o seminário, o ministro apresentou aos profissionais e gestores os detalhes do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia. O plano envolve 19 órgãos e instituições federais e é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. As medidas emergenciais estão sendo colocadas em prática para intensificar o combate ao mosquito, em uma grande mobilização nacional do governo federal em parceria com estados e municípios.
"Nós só venceremos a batalha contra o mosquito quando tivermos uma vacina contra o vírus Zika. Nossos laboratórios estão estudando várias linhas de pesquisas para desenvolver uma em tempo hábil. Mas isso leva tempo e, enquanto a gente não tem o remédio, temos que mobilizar a sociedade para derrotar o Aedes. A arma que temos hoje para enfrentar o mosquito é não deixar ele nascer”, ressaltou o ministro Marcelo Castro.
O evento foi organizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde do Piauí e a Fundação de Amparo à Pesquisa do estado. Na ocasião, houve paineis e debates com a participação de técnicos da pasta e Fiocruz, além de representantes estaduais e municipais de órgãos públicos responsáveis por ações de combate e controle do Aedes Aegypti.
Para garantir que a população intensifique as ações de combate em suas residências, estão sendo realizadas ações com agentes comunitários de saúde, profissionais das equipes de Atenção Domiciliar/Melhor em Casa e agentes de endemias para o controle do vetor e eliminação de criadouros. Além das equipes, as Forças Armadas e a Defesa Civil também fornecem apoio logístico para transporte de profissionais de saúde e distribuição de inseticidas.
A execução é acompanhada pela Sala Nacional de Coordenação Interagências. Os estados também criarão suas salas, que contarão com a presença de representantes do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública (PM e Bombeiros), Assistência Social, Defesa Civil e Forças Armadas.
RECURSOS – A presidenta Dilma Rousseff sancionou, no dia 15 de janeiro, recursos para o desenvolvimento das ações de vigilância em saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, em 2016. Os repasses federais destinados para o controle do mosquito cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Além disso, foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o enfrentamento do Aedes.
MICROCEFALIA – Até 16 de janeiro, foram registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia, em 764 municípios de 21 unidades da federação. Do total notificado, 224 tiveram confirmação de microcefalia, 6 confirmaram a relação com o vírus Zika e outros 282 foram descartados. Continuam em investigação 3.381 casos suspeitos de microcefalia. No total, foram notificados 49 óbitos por malformação congênita. Destes, cinco foram confirmados para a relação com o vírus Zika, todos na região Nordeste. De acordo com o informe, o estado do Piauí conta com 77 casos suspeitos de microcefalia.
Para aumentar os diagnósticos de PCR (biologia molecular) para o vírus Zika, serão distribuídos 500 mil exames para os laboratórios públicos, ampliando em 20 vezes a capacidade dos testes. As primeiras 250 mil unidades serão entregues, em fevereiro, inicialmente para 27 laboratórios, sendo quatro de referência e 23 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN). A previsão é que os outros 250 mil testes estejam disponíveis a partir do segundo semestre. No total, o Ministério da Saúde investiu R$ 6 milhões para a aquisição dos produtos.
Por Nivaldo Coelho, da Agência Saúde
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