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56% dos profissionais brasileiros vão continuar no Mais Médicos
Mais de 1.200 profissionais permanecerão no Programa mesmo após completarem o período que garante o bônus na residência. Cerca de 13 mil brasileiros disputam as vagas restantes e têm até quarta-feira (27) para escolher os municípios de preferência
O interesse dos profissionais brasileiros no Programa Mais Médicos se mantém. Prova disso é a ampla adesão à permanência no Programa por parte dos médicos que concluem, agora nos meses de janeiro e fevereiro, um ano de atuação – período que garante a bonificação de 10% em exames para ingresso em residência médica. Dos 2.246 profissionais aptos a utilizar o bônus, 1.266 (56%) vão permanecer na mesma vaga por até mais três anos. Já os 1.173 postos restantes serão disputados pelos 12.791 médicos brasileiros com registro no país inscritos neste edital, que devem indicar as opções de cidades até esta quarta-feira (27).
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, enfatiza a relevância desse grande número de brasileiros interessados em continuar no Mais Médicos. “Isso reforça o que os dados e pesquisas já vinham indicando: os médicos brasileiros não só estão aprovando o Programa, como estão vendo nele uma boa oportunidade de aprendizado e atuação na Atenção Básica”, declara o secretário. “É possível que vários deles nem viessem a ter contato com a Atenção Básica se o Mais Médicos não tivesse sido criado. É assim que estamos começando uma mudança no perfil dos médicos no país”, completa.
SELEÇÃO –No total, 12.791 médicos tiveram a inscrição deferida para concorrer as vagas em 649 municípios. Entre eles, 10.652 optaram por participar na modalidade com duração de um ano e bonificação de 10% em provas de residências, enquanto 2.139 escolheram ingressar para permanecer três anos com auxílios moradia e alimentação, pagos pelas prefeituras. Essa alta adesão de médicos brasileiros mantém a tendência dos editais anteriores, gerando uma concorrência de quase 11 candidatos por vaga.
O próximo passo para os médicos inscritos é optar por municípios a partir desta segunda-feira (25), no sistema do Programa Mais Médicos. O prazo para escolha vai até esta quarta-feira (27). Cada profissional deve selecionar quatro cidades, em ordem de preferência. Os médicos disputarão somente com aqueles que optarem pelas mesmas cidades, e quem não conseguir alocação terá acesso às vagas remanescentes em outra oportunidade, prevista para fevereiro. Caso nem todas as vagas sejam todas preenchidas após as duas chamadas para brasileiros com CRM Brasil, o edital será aberto a brasileiros que se formaram no exterior e, em seguida, a profissionais estrangeiros.
Para a classificação na concorrência das vagas foram estabelecidas as mesmas regras adotadas nos editais anteriores, nesta ordem: ter título de Especialista em Medicina de Família e Comunidade; ter experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família; ou ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho – PET (Vigilância, Saúde, Saúde da Família e Saúde Indígena) ou do VER-SUS. Como critérios de desempate serão considerados a maior proximidade entre o município desejado e o de nascimento, e ter maior idade.
REPOSIÇÃO – O Ministério da Saúde garante a reposição constante de todas as desistências, por meio de editais trimestrais para preenchimento dessas vagas. No primeiro edital de reposição, lançado em julho de 2015, foram ofertadas 276 vagas, e no segundo, em outubro, 326. Todas as vagas foram ocupadas por médicos com CRM Brasil.
No primeiro chamamento de 2015, os médicos brasileiros ou brasileiros graduados no exterior preencheram todas as 4.139 oportunidades oferecidas. Com a expansão, o programa conta com 18.240 vagas autorizadas em 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.
SOBRE O PROGRAMA – Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica levando médicos às regiões com carência de profissionais. Além do provimento emergencial de médicos, a iniciativa prevê ações voltadas à infraestrutura e à reestruturação da formação médica no país.
No eixo de infraestrutura, o Governo Federal está investindo na expansão da rede de saúde. São mais de R$ 5 bilhões para o financiamento de construções, ampliações e reformas de 26 mil Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Já as medidas relativas à expansão e reestruturação da formação médica no país, que compõem o terceiro eixo do programa, preveem a criação, até 2017, de 11,5 mil novas vagas de graduação em medicina e 12,4 mil vagas de residência médica para formação de especialistas com o foco na valorização da Atenção Básica e outras áreas prioritárias para o SUS. Destas, já foram autorizadas 5.849 vagas de graduação e 7.782 vagas de residência.
Por Priscila Silva, da Agência Saúde
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